Em Linhas Gerais

O impeachment não morreu. Pelo contrário, quanto mais o tempo passa, mais se fortalecerá- por Gesssi Taborda

PARA REFLETIR

O Brasil nunca experimentou uma irresponsabilidade fiscal desse porte e, portanto, um abismo econômico dessa dimensão. Não houve ajuste fiscal em 2015. Portanto, a recessão já está contratada até 2018.

ACREDITAR COMO?

Demorou seis anos e nesse período a decadência de Guajará-Mirim é inegável. Aumentou quase a ponto de fazer da “Pérola do Mamoré” uma cidade fantasma. Pois é, após seis anos da sanção da lei, Dilma Rousseff assinou decreto que a regulamenta. Ela concede benefícios fiscais a indústrias (??) de Rondônia. A lei garante isenção do IPI para produtos em cuja composição haja preponderância de matérias-primas regionais. Os eternos puxa-sacos de Dilma já trombeteiam que a ZFV vai estimular a industrialização em Rondônia. Dado às tantas promessas nunca cumpridas é melhor esperar sentando os efeitos dessa ZFV.

VITÓRIA PÍRRICA

A história sempre nos ensina, se quisermos com ela aprender. A decisão do STF sobre a questão do impeachment de Dilma, destituindo a comissão eleita pela Câmara dos Deputados por voto secreto, e a constituição dessa mesma comissão com os eleitos em chapa avulsa e não pela indicação dos líderes foi e está sendo traduzida por arautos do petismo como uma vitória do governo da presidente e de sua base naquela Casa do legislativo.

Claro, há controvérsias. Analistas do campo mais independente classificam o episódio como uma “Vitória Pírrica”.

HISTÓRIA

A expressão surgiu em virtude das guerras do Rei Pirro, em 280 a.C. Vencedor, o próprio Pirro explicou a falta de entusiasmo na segunda batalha de Ásculo: “Uma outra vitória como essa e estaremos completamente arrasados”. Afinal, ele venceu aquela batalha mas perdeu uma parte enorme das forças que trouxera consigo, e quase todos os seus amigos íntimos e principais comandantes. Com a vitória, o exército de Pirro perdeu sua condição de formar novos recrutas e, ao mesmo tempo sofreu um recuo dos aliados.

TEMPO

Uma semana antes, Dilma e o governo adotavam como tática uma rápida votação na Câmara, mesmo com a comissão eleita com chapa avulsa e em voto secreto.

A oposição tinha –e tem- como tática alargar ao máximo o processo de decisão, com recesso e contando com a progressiva desintegração econômica e seus efeitos sociais.

Nessa tática do tempo, com a decisão do STF, venceu a oposição. Agora é a oposição que administra o fator tempo. Haverá recesso e depois disso os esclarecimentos necessários a serem solicitados ao STF.  A oposição tem a convicção de que conta com mais votos que o governo, mesmo que em proporção menor que na recente eleição da comissão do impeachment.

INGOVERNÁVEL

A oposição busca o impeachment de Dilma entendendo que com ela o país é ingovernável. Simultaneamente, as condições econômicas vão se deteriorando e o desgaste de Dilma será terminal, construindo um quadro de sucessão inevitável, seja por decisão do TSE em relação à candidatura, seja por pedido de licença de Dilma, seja por renúncia.

Nesse sentido, esse segundo vetor da oposição comemorou a decisão do STF: agora quem comanda o tempo é a oposição, que vai empurrar o processo, no mínimo, para abril.

BOTANDO FÉ

Por razões que a própria razão desconhece a presidente Dilma Rousseff está acreditando que a decisão do Supremo sobre o rito do impeachment afastou, de forma definitiva, o risco de cassação que pesa sobre seu mandato.

VIVO

Ora, o impeachment não morreu. Pelo contrário, quanto mais o tempo passa, mais se fortalecerá, pois as mudanças no Supremo não alteraram o principal, que foi a aceitação do pedido pela presidência da Câmara, e é isto que realmente interessa. Advogados extremamente preparados identificaram no pedido apresentando por Bicudo/Reale/Janaina provas da ocorrência de crimes de responsabilidade pela presidente da República e deram parecer pela aprovação do pedido, que é o primeiro passo para a cassação.

 As provas apresentadas no pedido e as que forem acrescentadas no decorrer dos trabalhos se tornarão públicas e serão amplamente debatidas.

COISA CERTA

Com os fatores econômico, político e social descendo ladeira abaixo, a presidente petista  não terá como resistir às pressões e a profundidade da crise.

COMEÇA HOJE

Oficialmente o verão começa hoje no Brasil. Diante das altas temperaturas na região de Rondônia e da visível redução das chuvas a nova estação não modificará muita coisa por aqui.

TRANSPARÊNCIA

Permanece a decisão dos dirigentes públicos de tocar para frente o método da transparência zero que vigorou praticamente todo esse ano. Enquanto o MP e demais órgãos da fiscalização externa ficar apenas nos “alertas” sem processar os autorizadores de despesas a lei da transparência vai continuar sendo uma espécie de piada de mau gosto.

MÍDIA DOMESTICADA

E assim, nenhum cidadão-contribuinte-eleitor vai saber sobre critérios (se é que existem) da distribuição de recursos públicos para pagar publicidade oficial na mídia televisiva, impressa ou nas redes sociais. Pelo que se sabe não relação confiável entre audiência e distribuição de verbas públicas, utilizada mais precisamente para premiar a mídia domesticada.

ACUMULAÇÃO

Hoje tem mega-sena com prêmio acumulado em 195 milhões de reais. Desde a operação da PF em 10 de setembro, que prendeu quadrilha fraudadora de bilhetes de pagamento nas agências, a Mega vem acumulando seguidas vezes. Uma delas, mais de dez consecutivas, chegou a R$ 205 milhões. A atual já acumulou seis sorteios, chegando ao R$ 195 milhões na extração última extração antes do natal.

COTAÇÃO ETÍLICA

Para entender o derretimento do valor do BTG na praça: cada ação valia o preço de uma boa garrafa de uísque. Com André Esteves preso, vale uma garrafa de cerveja. Quente.

NÃO FICA, É?

O comentário da rede social é que o Tiririca errou. Para quem achava que Dilma não acharia um ministro pior do que Mantega, ela achou Levy. E substituiu Levy por um nome à altura. E acrescentam: Nelson Barbosa chegou à Fazendo por merecimento. Dilma merece um ministro como ele. E ele merece Dilma…

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