Em Linhas Gerais

O fim dos puxadores de votos e as chances dos novatos – por Gessi Taborda

MISSÃO

O prefeito Hildon Chaves explicou os motivos de não ter aceitado os convites e apelos de correligionários de Porto Velho para disputar nesse ano uma vaga no senado federal ou até mesmo no governo como se cogitou no início desse ano. “Tenho uma missão a concluir” disse ele ao repórter.

E serenamente acrescentou: “reafirmo o compromisso pactuado na campanha que culminou com nossa vitória que até o final do mandato vamos avançar em todos os projetos que transformarão a vida do povo da capital, diferentemente da política antiga que colocou os interesses pessoais acima das causas coletivas”.

METAS

O prefeito sabe que “as críticas” mais açodadas contra sua gestão são originadas em nichos derrotados em sua vitoriosa campanha, com o objetivo de afastar seu governo da conexão com o povo; traçando metas, pondo fim no imediatismo adotado por  antecessores, que só serviram para aprofundar os fracassos em áreas sensíveis como as da saúde, do transporte, da segurança, da educação e até do lazer e turismo.

Estamos, disse Hildon, encontrando muitas barreiras, muitas insinuações danosas mas sem nos afastarmos da boa política, do debate maduro com a sociedade. E assim o chefe do Executivo acentuou que “os novos passos que certamente virão nos levarão aos melhores frutos possíveis de uma gestão pública que tem como lema os compromissos assumidos na disputa eleitoral”.

DETERMINADO

Zé Jodan. É assim que José Atílio, um dos mais importantes empresários da zona da mata rondoniense, morando em Rolim de Moura, é conhecido. Ele esteve na capital antes do feriado de sexta-feira. Aqui numa reunião de apoiadores de Jair Bolsonaro, seu nome foi reafirmado como pré-candidato do grupo ao governo do Estado. É, portanto, o mais novo nome incluído na relação. O repórter foi convidado e participou do encontro. Senti que o empresário de 65 anos está determinado a enfrentar os percalços dessa difícil disputa. Da terra de Raupp e Cassol, Zé Jodan é considerado nome forte. Tem, pelo que se ouviu, apoio de grupos ligados às associações dos setores de agricultura, pecuária, de empresários e de empreendedores da região de Rolim de outras partes do estado rondoniense. O pré-candidato do PSL é pecuarista, cafeicultor e piscicultor. Já disputou uma eleição municipal, onde ficou em terceiro lugar. Diz que como candidato pretende demonstra que Rolim de Moura não vai reproduzir nomes de políticos que prejudicaram Rondônia e acabaram sendo fichas sujas. Jodan não está encrencado na Justiça. É ficha limpa.

BOA NOTÍCIA

Fonte importante do setor imobiliária contou que as perspectivas para o presente ano são boas. Segundo essa fonte o setor está aquecido com crescimento da venda de apartamentos e outras moradias em relação ao ano passado. A fonte lembrou também que a estagnação do setor não foi vivida apenas pela capital. Para terminar, a fonte garantiu que o número de contratos anulados e de imóveis devolvidos pelos compradores caiu, aumentando as esperança de uma recuperação no setor de imóveis.

PROTESTO

Cada vez mais os rondonienses participam dos protestos que denunciam a péssima qualidade da gestão pública no país. O protesto de ontem sobre os preços abusivos dos combustíveis reuniu milhares de pessoas numa carreata que começou no ponto de radar da PRF na BR364 e desaguou na Jorge Teixeira. Na concentração da Praça das Caixas D’Água uma vereadora sindicalista que tentou se aproveitar da manifestação vai escorraçada por vaias e deixou o local com os manifestantes dando-lhe as costas.

HUMOR

Não precisa olhar com lupa o comportamento do eleitorado para se concluir que em Rondônia o humor de quem vai votar nesse ano está muito ruim em relação aos políticos mais conhecidos. Com isso “puxadores de votos” podem descobrir com o resultado das urnas que estão superados. Dai nomes como o advogado Caetano Neto – um conhecido militante no combate à corrupção – aparecer bem no cenário da disputa pelo senado, embora nunca tenha disputado qualquer cargo eletivo. Falta animação dos eleitores. Isso tende a refletir em maiores dificuldades para quem na política do estado sempre teve votação expressiva. Quando o eleitor está desanimado, nomes como o do Caetano pode se beneficiar da diluição da massa. De uma coisa o leitor pode estar seguro: nesse momento o comportamento do eleitorado é uma enorme incógnita. O clima é de um eleitorado hostil em relação aos candidatos muito conhecidos como políticos (profissionais) que tentarão conseguir mandato de deputado (estadual ou federal), senadores, presidente da República ou governadores estaduais.

ALIÁS

Se não fosse essa a situação não se veriam nomes conhecidos e imbatíveis no passado recente tentando voltar à vida pública em cargos menores, como o de deputado estadual. Ai está Carlinhos Camurça e até Ernandes Amorim se apresentando como pré-candidatos a retornar a Assembléia. Outro caso emblemático: José Guedes anunciado como pré-candidato ao governo ficaria contente se conseguisse legenda para disputar uma vaga na Assembléia.

REALISMO

A alienação eleitoral desse ano poderá chegar a uma abstenção de 60% nas eleições proporcionais (deputados federais e estaduais). Pior ainda: para eles, no caso de presidente e governadores a faixa de 40% não seria completamente uma surpresa. Queiram ou não, com boas ou não tão consistentes motivações, a realidade é que porcentuais assim são extraordinariamente altos levando-se em conta a obrigatoriedade do voto.

Há um lado obscuro que paira como nuvem nas aspirações de que os resultados possam trazer uma grande renovação dos quadros políticos.

Tanto poderá facilitar ainda mais a reeleição maciça dos atuais detentores de mandato como desencadear uma onda inédita de renovação fartamente majoritária nas Assembleias Legislativas e no Congresso. Para governadores e presidente da República a lógica da eleição obedece outro mecanismo. Essas eleições chamam mais a atenção do eleitor do que o Legislativo, incluindo senadores.

NO ESCURO

Nesse cenário em que não há nenhuma candidatura majoritária consolidada acho que não há como apontar esta ou aquela tendência. Os candidatos que vão passar pelo crivo das urnas e sobreviver depois delas têm uma tarefa que não é refresco: convencer o eleitor a ir às urnas. Além disso, o que aparentemente já não será fácil. Terá um segundo convencimento a conseguir: o voto. Diante do inegável mau humor geral da população após tanto esculacho coletivo da política e dos políticos de maneira geral, é uma dupla jornada bastante complicada.

CAIXA 2

Para complicar ainda mais, há as dificuldades do financiamento de campanha. A operação Lava Jato pode não ter conseguido — ainda — acabar ou provocar uma grande diminuição nos casos de corrupção nas máquinas públicas do País, mas certamente provocará um temor generalizado, mais até do que em 2016, em relação ao dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral, o tal “caixa 2”, que sempre foi financiado pelos propinodutos e pela cumplicidade de empresários e políticos corruptos. Essa atividade marginal das eleições se tornou, no mínimo, de altíssimo risco.

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