Em Linhas Gerais

O desafio do presidente Temer é fazer da nossa pátria um país decente – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“Ai daquele que constrói o seu palácio por meios corruptos, seus aposentos, pela injustiça, fazendo os seus compatriotas trabalharem por nada, sem pagar-lhes o devido salário”. Jeremias (22:13).

AGORA É COM TEMER

Como a coluna sempre previu finalmente Dilma e o PT está fora do Planalto. A tese inventada pelos petistas de golpe, para se apresentarem como vítimas perante o país e o mundo não funcionou. Mas, como sempre afirmamos, os próprios petralhas sabiam de antemão que ela (a tese) não salvaria Dilma. Ela foi urdida exatamente para dar uma aparência de conforto aos partidários do lulopetismo e, ao mesmo tempo, servir de escudo e bandeira a ser usada daqui para frente, quando esse time volta ao papel de Oposição (coisa que sempre souberam fazer com maestria) e, também, como discurso das próximas campanhas eleitorais.

DESESTABILIZAR

A oposição do PT começa agora, contra Temer. Lula, o PT e os partidos colocados na sua linha auxiliar farão uso de todas as artimanhas com o objetivo de desestabilizar o mais rapidamente possível a interinidade de Michel Temer.

FIO DA NAVALHA

Espera-se que Michel Temer esteja preparado para enfrentar as grandes turbulências desse período de transição, onde qualquer erro pode ser fatal para o esforço destinado a tirar o Brasil do fundo do poço, onde foi metido pelo projeto de poder do lulopetismo que desaguou nessa triste situação do desemprego, do crescimento astronômico da dívida pública e da decadência moral correndo o exercício da política no país. Temer começa agora a caminhar no fio da navalha para conduzir uma transição bem sucedida, como esperamos todos nós, os brasileiros cansados de tanta roubalheira, desiludidos com os políticos de um modo geral.

Vai precisar de muito apoio dos políticos de boa índole e do povo brasileiro, especialmente diante da promessa de Lula e seus acólitos, feita nos estertores da primeira mulher presidente do Brasil, de incendiar o país.

QUEDA DO POSTE

A presidente afastada enquanto durar o período para o julgamento final do impeachment nunca tinha exercido nenhum cargo eleitoral. Chegou à presidência como “o poste” inventado pelo seu tutor. E assim, sem ao menos ter sido vereadora, foi eleita na onda do prestígio que então Lula detinha (não havia ainda sido descoberto nas falcatruas) e reeleita por conta de mentiras e jogadas sujas, além de dinheiro escuso desviado da Petrobrás.

 SEM ESTATURA

Mas, como ficou claro ao longo do tempo, Dilma nunca esteve à altura do que o Brasil precisava. Ela simplesmente deixou o Brasil sem rumo. Com sua gestão ampliou-se (e muito) a sensação de que somente os maus políticos, os corruptos, os beneficiários das relações nada republicanas com o poder é que se devam bem, especialmente nos desvios bilionários revelados nas operações da Lava Jato.

 EDUCADORA UMA OVA

A invenção do slogan “Pátria Educadora” para simbolizar o segundo mandato não vingou e Dilma deve passar à história como a governanta do atraso e da corrupção.

Então, “Pátria Educadora” ficará como marca de mais uma tentativa de engabelação eleitoreira para um período de governo onde ficaram evidente falhas, imperfeições e crimes de caráter político, econômico, educacional, policial e social.

O POVO DERRUBOU

Dilma ainda pretende manter, como deixou claro ontem ao falar na despedida do Palácio, a versão do golpe, de que é vitima de uma trama montada como vingança do presidente da Câmara, suspenso pelo STF, Eduardo Cunha, mas isso não é verdade. A petista perdeu o apoio popular.

Foi o povo nas ruas o grande responsável pela sua tragédia. E isso decorreu diante de uma constatação: obedecer a lei nunca foi o forte do lulopetismo.

ESPAÇO REDUZIDO

O lulopetismo tem dito desde o dia de ontem que Temer não terá refresco, especialmente pelas ações dos seguidores de Lula e Dilma objetivando boicotar o governo de transição. Devem estar imaginando um cenário onde terão o mesmo espaço de mídia garantido até agora para “os discursos incendiários” ou para ampliar a choradeira na despedida de ontem com a presidente afastada rodeada de carpideiras petistas.

ESPÍRITO DA COISA

Os petistas ainda não entenderam o espírito da coisa. Não querem aceitar a realidade, onde mais de 70% do povo brasileiro vibrou com a derrocada do lulopetismo, por estar anojado e enjoado dos mal feitos do lulopetismo e a desastrosa gestão de Dilma, sobretudo nesse segundo mandato.  E diante desse cenário vão amargar a redução do espaço midiático, sem o qual será impossível levar adiante a pauta de incendiar o país.

NA LEI

Essa conversa extremada de golpe mantida por Dilma vai perder força. Certamente o papo ainda encanta principalmente peças políticas de instituições internacionais, especialmente aquelas com a tendência de construir dialética esquerdista, mas sem causar qualquer encantamento ao grosso da população brasileira, convencida de que Dilma Roussef e seus amigos petistas foram desalojados dentro da lei, inclusiva com o carimbo do STF.

O DENUNCIANTE

O erro do lulopetismo foi trocar as bandeiras de sua fundação por métodos de governo inspirados pelo grupo de criminosos alojados no Poder. Isso fica muito claro quando lembramos que a denúncia pedindo o impeachment de Dilma teve a lavra de um ex-fundador do partido.

O DESAFIO

Michel Temer se tornou a partir de ontem presidente (interino) do Brasil pelo fato de ser essa solução constitucional existente. O peemedebista certamente tem consciência da desconfiança da opinião pública com a gestão de curto prazo. Não será, pelo visto, o personagem capaz de vencer os desafios para modificar o Brasil, reconstruindo o país dentro do figurino desejado pela grande maioria de sua população.

PÁTRIA DECENTE

O desafio é fazer da nossa pátria um país decente. Com a extirpação do lulopetismo está dado o primeiro passo para o processo de profilaxia, de reconstrução do país. Ainda há muito a caminhar, fortalecendo ações como a da Lava Jato, promovendo uma reforma política de verdade e rompendo com a grande impunidade que sempre ocorreu no país. A reconstrução começa com a punição de tantos quantos devem à Justiça do país, incluindo os figurões do governo e da política.

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