“É um mito que as violações sejam consequência inevitável dos conflitos”.
Palavras de Angelina Jolie, na cimeira sobre a violência sexual em zonas de conflito, que começou esta quarta.-feira, em Londres.
A atriz prosseguiu, afirmando que “a violação é uma arma de guerra dirigida à população civil” e que “não tem nada a ver com o sexo, mas, sim, com o poder”.
Embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Jolie apelou à comunidade internacional que trabalhe pela justiça e pela lei. “Pedimos uma vontade política mundial e precisamos que este assunto se torne uma prioridade”, afirmou.
A cimeira foi inaugurada esta manhã, pelo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague e vai decorrer até sexta-feira.
Durante a sessão de inauguração, o chefe da diplomacia britânica anunciou que o Reino Unido vai doar 6 milhões de libras (7,4 milhões de euros) para ajudar as vítimas de crimes sexuais, um montante que vai somar-se aos anteriores donativos do executivo de Londres, de cerca de 173 milhões de euros.
William Hague salientou que a violação de mulheres e crianças durante as guerras é “um dos maiores crimes em massa dos séculos XX e XXI” usados de forma “deliberada e sistemática” contra as populações civis em todos os continentes e em países como a Síria, o Congo, o Ruanda e a Colômbia.
Os encontros e debates sobre violência sexual em zonas de conflito, antecedem uma reunião de alto nível na próxima sexta-feira, na qual ministros de mais de cem países deverão firmar um protocolo internacional para acabar com as violações e abusos de mulheres como arma de guerra.
No âmbito deste protocolo, haverá um maior reforço a nível judicial e mais apoio às vítimas.
Na sessão de encerramento desta cimeira estarão presentes o secretário de Estado norte-americano, John Kerry e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon participará através de videoconferência.
O caso das 200 adolescentes sequestradas pelo grupo Boko Haram na Nigéria será também debatido em Londres. O ministro nigeriano dos Negócios Estrangeiros, assim como representantes dos estados do Benin, Tchad, Camarões e Niger participam nos debate
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