Amigas e amigos de Rondônia,
Gostaria de informar que fui condenado pela Justiça de Rondônia. Corrupção? Não! Por meter a mão no dinheiro de vocês? Não! Por envolvimento em falcatruas? Não! Talvez por aceitar suborno, quem sabe? Também não. Fui sentenciado a 30 dias de prisão por chamar o governador Confúcio Moura de pilantra, bandido, safado e psicopata.
O fiz, admito, no púlpito do Legislativo e na condição de representante do povo no exercício do mandato. Minhas declarações levaram e ainda levam em conta as denúncias formuladas pelo Ministério Público (MP/RO), Ministério Público Federal (MPF/RO) e Polícia Federal (PF/RO), órgãos que, durante e após a Operação Plateias, descreveram o governador como chefe de quadrilha.
Resumindo, a prisão imposta a mim foi convertida em pagamento de multa no valor de dez salários-mínimos. Obviamente, já estou recorrendo.
A questão é simples: decisão judicial se discute na Justiça até o final. Após isso, temos a obrigação de cumpri-la, gostando do resultado final ou não.
Agora, gostaria de fazer uma reflexão. O Judiciário rondoniense, célere, objetivo e competente, até para continuar nos dando exemplo, deverá, também, proporcionar a mesma eficiência aos casos escandalosos que rondam a política regional, como o do desvio dos R$ 30 milhões da ponte de Ji-Paraná envolvendo Ezequiel Neiva, diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/RO). Segundo o MP/RO, Neiva participou de “trama ardilosa para roubar dinheiro público”.
Sobre o que fiz, não me arrependo. Se a população do Estado de Rondônia fosse respeitada não haveria motivos para criticar o governador.
Se o maior crime que cometi em décadas de vida pública foi xingar o chefe do Executivo por indignação, insatisfação e revolta, mantenho o orgulho não pelo palavreado usado, mas por sentir, junto com a sociedade, toda a aflição de um governo omisso, negligente e completamente incompetente.
Lembrando que a condenação é fruto de minha revolta pela execução do ex-prefeito Neuri Persch, de Ministro Andreazza. Antes de morrer, pediu socorro não só ao governador, mas também à Assembleia Legislativa (ALE/RO) porque vivia sob ameaça. Quando soube do assassinato, a raiva veio à tona de forma inevitável. Se isso é errado, francamente, não faço a mínima questão de estar certo.
Pronto! Agora o governador pode mandar seu advogado tentar me ridicularizar na imprensa, como tentou após nosso primeiro e único encontro durante o processo. Mas saiba que um homem transparente, com o povo ao lado, não tem nada a temer.
Muito obrigado e fiquem com Deus!
Deputado Hermínio Coelho (PDT)
Autor / Fonte: Assessoria / Dep. Hermínio Coelho (PDT)
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