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Ministro Gilmar Mendes afasta Eduardo Machado da Presidência Nacional do PHS

Gestão de Machado foi manchada por denúncias. Comando da legenda estava em litígio após resultado da última eleição. Assume Marcelo Aro

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes afastou nesta quarta-feira (31/1) o presidente Nacional do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Eduardo Machado. No lugar dele, assume o deputado federal Marcelo Aro (MG).

A disputa pelo comando da legenda foi parar no TSE após a eleição que definiu Marcelo Aro como novo líder do partido ser questionada pela antiga gestão.

O presidente da Corte considerou válida a deliberação partidária que elegeu Marcelo Aro e determinou sua condução à Presidência e, consequentemente, o afastamento do antecessor.

No início de 2017, Machado já havia sido afastado da Presidência após uma assembleia interna. Correligionários o acusam de acumular o cargo de secretário estadual de Goiás com o de presidente Nacional. No entanto, duas semanas depois, a Justiça devolveu o mandato a ele.

Aluguel atrasado e denúncias
A gestão de Eduardo Machado à frente do PHS, que teve início em 2012, foi marcada por denúncias e polêmicas. Em dezembro, o Metrópoles revelou que o Diretório Nacional da sigla não pagava aluguel da sede partidária, no Lago Sul: uma mansão com dois andares, piscina, extensa área de lazer, churrasqueira, suíte e mais de 10 quartos. Segundo funcionários, à época, havia quatro parcelas em aberto, cada uma no valor de R$ 17,5 mil.

Uma dívida injustificada, uma vez que o partido recebia regularmente repasses do Fundo Partidário e recursos oriundos de multas aplicadas pelo TSE a siglas que não cumprem a legislação eleitoral. Só até novembro de 2017, o PHS recebeu via fundo – verba pública repartida mensalmente entre as legendas brasileiras – exatos R$ 6.116.813,81. Sem contar mais R$ 551.857,46 do TSE.

O contrato entre a imobiliária e o partido foi firmado em janeiro de 2016 e vencerá apenas em dezembro de 2019. A cada ano, o valor inicial do aluguel, R$ 16 mil, é atualizado de acordo com o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Em 2017, passou para cerca de R$ 17,5 mil e deveria ser novamente reajustado neste mês. O documento está no nome do próprio partido, mas assinam, como fiadores, Eduardo Machado e o secretário adjunto do PHS, Cristian Viana.

Antes, Machado já foi acusado de ter comprado uma caminhonete, no valor de R$ 170 mil, usando dinheiro partidário. Recai sobre ele ainda a suspeita de fazer da sede nacional do partido sua casa, sem utilizar o espaço com finalidade política. Alguns funcionários da legenda já declararam também não receberem os salários em dia. O então presidente negava todas as acusações.

Evangélico, Eduardo Machado já foi petista: deixou o Partido dos Trabalhadores (PT) em 2005, na época do escândalo do Mensalão.

FONTE: METROPOLES.COM

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Gomes Oliveira

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