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Ministro Bento Albuquerque nega hipótese de racionar energia

Ministro das Minas e Energia esteve em comissão da Câmara hoje; fala vem um dia após declaração polêmica de Arthur Lira

O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi categórico nesta quarta-feira (23) ao afastar o risco de faltar energia elétrica nas indústrias, comércios e residências do país em decorrência da crise hídrica que atinge o Brasil.

A declaração vem um dia depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), citar um racionamento de energia “educativo”.

“Nós não trabalhamos com hipótese de racionamento. Temos procurado deixar bem claro, tenho participado de várias entrevistas na mídia e temos nos pronunciado oficialmente a respeito do tema. Não trabalhamos coma hipótese. Não é porque não queremos, mas porque monitoramos o setor elétrico brasileiro 24 horas por dia, 365 dias por ano. Estamos permanentemente reunidos”, explicou.

Bento participou da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, que debate as medidas para enfrentar a crise hídrica no país. A discussão foi proposta pelos deputados Christino Áureo (PP-RJ), Carlos Zarattini (PT-SP) e Danilo Forte (PSDB-CE).

Albuquerque argumentou que existe uma “sala de situação, que está no Palácio do Planalto”, responsável por trabalhar “diuturnamente para que tenhamos a segurança das medidas adotadas e do controle da ação planejada”. E repetiu: “Ou seja, não trabalhamos com hipótese de racionamento”.

De acordo com o ministro, “hoje, is reservatórios se encontram em 30,2% da capacidade dos reservatórios do Sudeste, que representam 70% da capacidade de armazenamento […] Só tivemos capacidade abaixo de 20% em quatro anos de 2000 a 2020”, explicou. Mesmo assim, Bento Albuquerque garantiu que hoje o país está “numa situação muito mais tranquila que em 2014 e 2001”, quando houve apagões no Brasil.

Ontem, Lira ventilou a possibilidade de um apagão educativo. “O ministro Bento esteve comigo, fazendo uma análise do cenário, garantindo que nós não vamos ter nenhum tipo de problema de apagão. Mas vamos ter que ter um período educativo aí de algum racionamento para não ter nenhum tipo de crise maior”, disse o presidente da Câmara após cerimônia no Palácio do Planalto.

Futuro da energia no país

Albuquerque disse que, no futuro, o Brasil será menos dependente de energia elétrica produzida a partir da água dos rios. “Em 2030, nossa dependência da fonte hidráulica será bem menor, de 49%, hoje é de 61%, com crescimento do gás natural e energia eólica e solar”, explicou.

Sobre reajuste das bandeiras, o ministro disse que esse é um procedimento que acontece ano a ano e é de acordo com a utlização das fontes de energia. “A fonte termoelétrica é mais cara, leva um custo maior ao consumidor de energia. Esse preço vai ter de ser pago e nós sabemos que, quanto ao consumidor mais vulnerável, haverá uma tarifa especial pra ele. Os consumidores de menor consumo eles não vão ter corte de energia, então temos uma preocupação, sim, com os mais vulneráveis”, finalizou.

FONTE: R7.COM

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