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Maioria do STF é contra expulsão de estrangeiro com filho nascido no Brasil

Decisão, no entanto, foi adiada, Pode afetar extradição de Battisti, Gilmar Mendes fez pedido de vista

A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votou, nesta 5ª feira (22.nov.2018), contra a expulsão de estrangeiros que tenham filhos nascidos no Brasil.

A questão começou a ser julgada nesta tarde, mas 1 pedido de vista do ministro Gilmar Mendes adiou a conclusão. Não há data prevista para retomada da votação.

A Corte julga o caso de 1 homem da Tanzânia que foi condenado em 2003 por uso de documento falso. Ele cumpriu a pena, mas teve a expulsão decretada pelo governo federal.

Após a medida, a defesa do tanzaniano recorreu à Justiça para ele não deixar o país, porque teve uma filha no Brasil, em 2007.

A defesa alegou descumprimento de leis internacionais que garantem a permanência de estrangeiros com filhos nascidos no país.

O caso tem repercussão geral, ou seja, a decisão do Supremo valerá para processos semelhantes em todas as instâncias da Justiça. Atualmente, 6 processos aguardam a decisão.

Nesta 5ª, 7 ministros acompanharam o voto do relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello.

Para Marco Aurélio, a expulsão de cidadãos estrangeiros é tema de prerrogativa do Poder Executivo, mas não há poder absoluto e todos os agentes públicos devem cumprir o ordenamento jurídico.

De acordo com o ministro, a Lei de Imigração, sancionada em 2017, garantiu ao estrangeiro que tenha filho nascido no país não pode ser expulso. O Estatuto do Estrangeiro, norma anterior, não vetava a expulsão quando o nascimento do filho tivesse ocorrido após o fato que a motivou.

“É tempo de aprofundar a evolução no tratamento da matéria, atentando para a lei fundamental no que revelada a família como base da sociedade e o direito da criança de convivência familiar”, afirmou Marco Aurélio.

O voto foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.

DECISÃO PODERÁ AFETAR CASO BATTISTI

Apesar de se tratar de situações diferentes, a decisão poderá afetar a situação do italiano Cesare Battisti, que ganhou refúgio no país, dado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2010. O italiano tem 1 filho brasileiro.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro já afirmou que tomará todas as medidas legais para a extradição de Battisti. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu no dia 5 de novembro ao STF a preferência ao julgamento do processo que trata da extradição do ex-ativista. O caso ainda não tem previsão para ser julgado.

(com informações da Agência Brasil)

FONTE: PODER 360

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