Um tribunal panamenho que lida com o caso da Lava Jato do Brasil rejeitou provisoriamente as acusações de lavagem de dinheiro contra os fundadores do extinto escritório de advocacia ligado ao escândalo dos Panama Papers.
Ao anunciar a decisão na quinta-feira, a Justiça do Panamá também disse que as acusações contra quase 40 outras pessoas investigadas por suposta lavagem de dinheiro relacionada ao caso foram provisoriamente retiradas.
Uma fonte judicial afirmou que a decisão está sujeita a recurso pelos promotores.
A investigação, que começou em 2016, estava focada se o escritório de advocacia panamenho, dedicado à criação de sociedades por suposta movimentação de fundos ilegais, teria ligação com investigados na operação Lava Jato.
A juíza Baloisa Marquínez disse que a promotoria “não demonstrou quais contas foram criadas no Panamá que foram abertas com o objetivo de esconder dinheiro de origem ilícita, nem a quantidade de dinheiro que entrou de empresas offshore”.
O tribunal também suspendeu todas as medidas cautelares e fianças aplicadas aos réus, incluindo os fundadores do escritório de advocacia Ramón Fonseca e Jurgen Mossack.
O Judiciário não respondeu a um pedido para definir como o caso será encerrado definitivamente.
O agora extinto escritório de advocacia Mossack Fonseca esteve no centro de um escândalo em 2016 depois que documentos confidenciais vazados expuseram contas em paraísos fiscais ligadas a nomes como o ex-presidente argentino Mauricio Macri, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, o astro do futebol argentino Lionel Messi e a atriz Emma Watson.
FONTE: REUTERS
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