Nas últimas reuniões bilaterais no G20, presidente brasileiro enfatizou a busca por acordos com China, Índia, Arábia Saudita e Japão
O presidente Jair Bolsonaro deixou a cúpula do G20, em Osaka, no Japão, neste sábado (29) com novos acordos comerciais no radar. Um dia antes, o governo brasileiro anunciou um acordo entre a União Europeia e o Mercosul para reduzir o protecionismo e facilitar os negócios entre os dois blocos.
Bolsonaro destacou, durante reunião bilateral com o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que, “pela 1ª vez, um presidente está cumprindo o que prometeu em campanha”. Em seguida, disse que, “após meio ano [de governo], assinamos um acordo Mercosul-UE. E isso foi após uma conversa de igual para igual com o presidente da França e Alemanha”.
Os tratos comerciais não deverão se limitar ao do Mercosul com a União Europeia. Em encontros bilaterais com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, Bolsonaro sinalizou que a ideia do governo é abrir as portas para o comércio internacional.
“Nossos ministros estão à disposição para acordos e cooperar neste sentido. Como falei ontem, o Brasil está de braços abertos para o mundo”, afirmou o presidente brasileiro em reunião com o primeiro-ministro da Índia.
O mandatário citou o exemplo das relações com a China, país de outro viés ideológico, mas que faz comércio com Brasil. De acordo com Bolsonaro, certamente a Índia pode ajudar nesta relação comercial (Brasil-China), a fim de ampliar as negociações na área de biocombustíveis.
Em encontro com o primeiro-ministro do Japão, Bolsonaro comemorou a “boa notícia” da véspera, a assinatura do acordo Mercosul-UE. “Podemos começar a conversar num acordo na mesma linha, quem sabe aproveitando sua ida ao Chile para dar um pulo no Brasil e assinarmos um acordo de intenções”, disse Bolsonaro a Abe.
Ao lado do primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien-Loong, Bolsonaro também sinalizou a possibilidade de acordo comercial com o país asiático. “Isso é porque estávamos à beira de um abismo, do socialismo. Nossos ministros foram escolhidos por meritocracia e são técnicos. O Paulo Guedes [ministro da Economia] é liberal. Certamente, assinaremos ainda durante meu governo esse acordo com Cingapura”, assegurou.
O presidente Jair Bolsonaro deixou o Japão, em direção ao Brasil, por volta das 6h da manhã deste sábado (horário de Brasília). A previsão é que o presidente desembarque em Brasília no final da manhã de domingo (30).
FONTE: Record TV
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