Autores da ação alegam que ataque hacker contra o TSE pode ter mudado resultados
Está concluso para julgamento na Justiça Eleitoral de Vilhena o processo através do qual vários candidatos derrotados no pleito do último domingo, 15, pedem a anulação da disputa e a recontagem dos votos. A expectativa é que a decisão saia nesta semana.
Segundo apurou o FOLHA DO SUL ON LINE, dois dos argumentos usados pelos autores da ação são a demora na proclamação dos resultados e as notícias de ataques de hackers contra os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em grupos no WhatsApp, cidadãos comuns e candidatos derrotados espalham áudios e vídeos para disseminar teorias segundo as quais os ataques virtuais teriam mudado os resultados.
O site entrevistou a chefe do Fórum Eleitoral de Vilhena, Fabíola Canuto, que já atuou em 12 eleições disputadas com o uso da urna eletrônica. “É mais fácil a pessoa acreditar numa desinformação do que aceitar a própria derrota”, argumentou a servidora, reafirmando a confiança na segurança das urnas.
Fabíola explicou que é impossível hackear o equipamento, porque ele não está ligado à internet. “O que tem é um cabo de alimentação ligado na tomada. Não tem como invadir o sistema”, garantiu.
Na hipótese de o juiz eleitoral Vinícius Bovo de Albuquerque Cabral atender os pedidos e determinar a recontagem de votos, isso será feito manualmente, com base nos Boletins de Urnas (Bus), impressos nos quais são totalizados os votos. Esse procedimento de apuração é feito com o acompanhamento do MP e dos representantes dos partidos.
Detalhe: se tivessem interesse, os representantes partidários poderiam ter levado para casa cópias dos BUs para conferir os resultados com calma.
EFEITO TRUMP
Nas redes sociais e no WhatsApp, viraram memes as queixas dos perdedores quanto à suposta fraude. Quem acha que o esperneio não passa de “mimimi” compara o “choro” à reação do presidente americano Donald Trump (Republicano), que exigiu a recontagem de votos em vários Estados. Foi atendido, mas o resultado não mudou. E o voto lá é dado em cédulas de papel.
FONTE: FOLHA DO SUL ONLINE
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