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Incêndio segue em 2 tanques de combustível e contamina mar em Santos

O incêndio que começou na quinta-feira no pátio da Ultracargo, em Santos (SP), provocou a contaminação da água do canal do estuário e pode ser a causa da morte de milhares peixes. É o que indica relatório preliminar da empresa enviado à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e divulgado na noite deste domingo. O documento também aponta alteração na qualidade do ar. Nesta segunda-feira, um equipamento do Exército deve monitorar o ar na região. Dos seis tonéis que armazenam combustíveis atingidos pelo fogo, dois ainda permanecem em chamas.

Segundo o gerente da Agência Ambiental da Cetesb em Santos, Cesar Eduardo Padovan Valente, “a água usada para conter as chamas foi despejada no estuário pelo sistema de escoamento da Ultracargo contaminada com combustível, provocando alteração da temperatura e saturação do oxigênio, provavelmente causando a morte dos peixes”. Entre os animais mortos estão bagres, garoupas e espécies com até 70 centímetros de comprimento. Uma empresa está recolhendo os peixes mortos.

“Na página da Cetesb na internet, a qualidade do ar na região do incêndio está classificada como N3-Ruim”, diz o meteorologista Ivan Gregório Hetem. Segundo ele, a fumaça é mais preocupante do que uma possível chuva ácida. “A fumaça que está sendo inalada na área do incêndio tem concentrações de SO2 (dióxido de enxofre) muito acima das recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. O limite é 40 e o verificado lá é maior do que cem. A melhor providência é se afastar do local.”

A secretária estadual do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, esteve no local no sábado e falou sobre possíveis penalidades à Ultracargo. “Existe uma legislação estadual. E também é possível aplicar o Decreto Federal nº 6.514. A multa para a empresa chegaria a 50 milhões de reais, mas aplicação depende de análise mais detalhada.”

Em Santos, por enquanto, está descartada a possibilidade de retirada dos moradores das imediações do terminal da Ultracargo. “Os produtos químicos que poderiam causar dano à população já foram retirados dos tanques próximos do incêndio”, diz o coordenador da Defesa Civil estadual e chefe da Casa Militar do Estado, José Roberto Rodrigues Oliveira.

 

 

Fonte: VEJA

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