A argentina Máxima Zorreguieta estava prestes a completar 7 anos de idade quando a seleção de seu país, jogando na sua cidade, Buenos Aires, venceu a Holanda na final da Copa do Mundo de 1978. Desde então, sua vida virou de ponta cabeça. Trabalhou em banco nos Estados Unidos, conheceu um príncipe, casou e virou rainha da mesma Holanda que perdeu a final daquela Copa de 78. Na próxima quarta-feira, seu “reinado” reencontrará seu país natal na semifinal da Copa-2014, em São Paulo.
Casada em 2002 com o príncipe-herdeiro Willem-Alexander, Máxima viraria rainha consorte da Holanda no ano passado, quando seu marido assumiu o posto deixado por sua mãe, a rainha Beatrix, que abdicou do trono após reinar entre 1980 e 2013. Uma situação que não ocorria no país europeu desde 1890.
Por 113 anos, a Holanda só tinha mulheres no comando da monarquia da dinastia Orange-Nassau. Willem Alexander virou rei, e sua mulher tornou-se, oficialmente, rainha Máxima, a quem conheceu nos Estados Unidos, quando ela trabalhava nos EUA.
O conto de fadas, porém, não evitou que polêmicas envolvessem os bastidores da história. Na cerimônia de coroação de Willem-Alexander, em abril de 2013, os pais de Máxima não compareceram. A razão: o pai da rainha foi ministro da Agricultura durante a ditadura sanguinária de Jorge Rafael Videla. Após constrangimentos, decidiu-se exclui-lo da lista de convidados. Sua mulher, Maria del Carmen, decidiu, assim, não ir a Amsterdam.
O episódio, novamente, resvala no futebol. Em 1978, o principal jogador da Holanda e craque da Copa de 1974, decidiu não ir ao Mundial da Argentina justamente por se manifestar contrário à ditadura que controlava o país.
O passado de seu pai, porém, não foi suficiente para que a atual rainha da Holanda encerre vínculos com seu país. Anualmente, Máxima e Willem-Alexander vão com as três filhas (a princesa herdeira Amália, de 10 anos, Alexia, de 9, e Ariane, de 7) a Buenos Aires e à Patagônia.
Add Comment