Nos últimos dois anos, o país registrou 1.616 óbitos na faixa etária de até 14 anos, segundo dados do Ministério da Saúde
Com uma média de duas mortes por dia de crianças na faixa etária de até 14 anos nos últimos dois anos no Brasil, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos vai lançar uma cartilha de prevenção aos acidentes domésticos e guia rápido de primeiros socorros.
Entre as principais causas de morte infantil no país estão queda, sufocamento, queimadura, afogamento e intoxicação, segundo o ministério comandado por Cristiane Britto.
De acordo com dados do Ministério da Saúde registrados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade Infantil, que integra o DataSUS, ocorreram 1.616 mortes por acidentes domésticos com crianças até 14 anos de idade. Esses óbitos foram registrados nos últimos dois anos no Brasil, sendo 792 mortes em 2020 e 824 em 2021.
O maior número de mortes infantis por acidentes domésticos ocorreu na faixa etária de até 4 anos, com 621 óbitos em 2020 e 761 em 2021. A unidade federativa com o maior número de registros é São Paulo, com 113 ocorrências em 2020 e 136 em 2021.
Diante desse cenário, o ministério vai lançar a cartilha com o objetivo de alertar os pais e os responsáveis sobre o que fazer para preservar as crianças dos perigos existentes em casa.
“Nesse material, vocês encontrarão dicas de prevenção e técnicas de primeiros socorros específicas para acidentes domésticos. Reitero que estamos atentos e vamos seguir trabalhando para diminuir os riscos que podem causar sofrimento às crianças”, afirma a ministra Cristiane Britto.
Uma das imagens usadas pela pasta na cartilha diz respeito à cozinha e ao banho das crianças, assim como ao quarto e à piscina.
“Use as bocas de trás do fogão e certifique-se de que os cabos das panelas estejam virados para dentro, para não serem alcançadas pelas crianças. Mantenha fósforos, isqueiros, álcool líquido, álcool em gel, objetos de vidro e cerâmica, facas e sacos plásticos fora do alcance das crianças”, diz um trecho.
“Nunca deixe a criança tomando banho, principalmente na banheira, sem supervisão de um adulto. Antes do banho da criançada, examine a temperatura da água para evitar queimaduras. Procure manter medicamentos, vitaminas, produtos de higiene e de beleza longe do alcance das crianças, para evitar intoxicação”, acrescenta outra passagem do texto.
FONTE: R7.COM
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