Ainda não há previsão de novos voos, mas Executivo trabalha com a hipótese de que as chegadas vão seguir ocorrendo nos próximos dias
O governo federal vai instalar um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG) para receber os brasileiros deportados dos Estados Unidos. A medida foi anunciada nesta terça-feira (28) pela ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por enquanto, não há previsão de novos voos, mas o Executivo trabalha com a hipótese de que as chegadas vão seguir ocorrendo nos próximos dias. O primeiro avião com deportados pelo governo Donald Trump pousou no Brasil no sábado (25).
“Do ponto de vista do Ministério dos Direitos Humanos, conversamos com o presidente e fomos autorizados a iniciar as tratativas para estabelecer em Confins um posto de acolhimento humanitário, tendo em vista que poderemos ter mais voos previstos”, informou a ministra.
Também participaram da reunião com Lula os ministros Geraldo Alckmin (vice-presidente e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), José Mucio (Defesa), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República).
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno; a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior; e o assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, também estiveram presentes.
Macaé também afirmou que o governo federal vai trabalhar para garantir que famílias brasileiras não sejam separadas. “E que esses passageiros tenham boas condições de água, alimentação e, inclusive, de temperatura, que me parece que foi a coisa mais prejudicial no processo desse voo”, acrescentou.
A logística dos voos de deportação é de responsabilidade dos Estados Unidos. A aeronave que trouxe os brasileiros no sábado apresentou falhas técnicas e precisou pousar em Manaus (AM) — a previsão era de chegada em Confins.
Com o mau funcionamento, o governo enviou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar os deportados a Belo Horizonte. Os passageiros chegaram ao Brasil com as mãos e os pés algemados, o que contraria um acordo mantido entre Brasil e EUA.
Apesar da repercussão negativa, não foi a primeira vez que brasileiros em situação ilegal nos Estados Unidos retornaram com algemas.
FONTE: R7.COM
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