O Executivo federal disse que só pode definir o percentual de reajuste para 2024 após a aprovação do novo marco fiscal
O governo federal se reuniu nesta quinta-feira (10) com entidades representativas de servidores públicos e frustrou a classe ao não apresentar proposta de reajuste salarial para 2024. No último encontro com os servidores, em 25 de julho, o Executivo prometeu que apresentaria um percentual de recomposição na reunião desta quinta. Contudo, os servidores foram informados de que a proposta só vai ser divulgada após a aprovação, no Congresso Nacional, do chamado marco fiscal, norma que define novas regras para as contas públicas do país.
Presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques reclamou da postura do governo. “Manifestamos insatisfação com a ausência de proposta e cobramos celeridade na definição de um percentual de recomposição das perdas acumuladas, que em todos os casos ultrapassam 30%”, disse.
O Fonacate e outras entidades, como o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), apresentaram ao governo duas propostas de recomposição salarial.
A primeira atende os servidores públicos que tiveram reajustes de 2013 a 2017 e em 2022. Para esses funcionários, as entidades querem o aumento de 15,27% em cada um dos próximos três anos. Em 2025, as associações pedem que o reajuste seja acrescido da inflação medida de 2023 a 2024, e, em 2026, do índice calculado entre 2024 e 2025. O reajuste total seria de 53,17%.
A segunda proposta de recomposição é para os servidores públicos que tiveram reajustes de 2013 a 2019 e em 2022. Para esse bloco, o pedido é de reajuste de 11,84% nos próximos três anos. Em 2025, as associações querem que o aumento seja acrescido da inflação medida de 2023 a 2024, e, em 2026, do índice calculado entre 2024 e 2025. O reajuste total seria de 39,92%.
“Durante as negociações de 2015, houve uma correção parcial das perdas salariais, mas algumas categorias firmaram acordos por apenas dois anos, enquanto outras, por quatro anos. Essa diferença requer uma solução na negociação que se inicia”, diz a Fonasefe.
FONTE: R7.COM
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