A polícia ainda investiga se os presos possuem vínculo com organizações terroristas
Mais de cem pessoas foram presas pelo governo do Irã devido a uma investigação sobre o envenenamento de centenas de alunas na cidade de Qom. As jovens foram intoxicadas nos últimos meses para provocar o fechamento dos centros educacionais. A informação foi confirmada pelos órgãos governamentais na noite do sábado 11.
Entre os detidos, estão alguns que tinham o “intuito de criar um clima de medo entre as alunas e fechar as escolas”, segundo o governo. A polícia ainda investiga se os presos possuem vínculo com organizações terroristas.
Desde o fim do ano passado, muitas escolas femininas registraram intoxicações, com substâncias tóxicas e gases, que causaram náuseas, problemas respiratórios e desmaios nas estudantes. Algumas delas foram internadas.
No total, as autoridades informaram que foram mais de cinco mil alunas afetadas em 230 escolas. Das 31 províncias do país, 25 sofreram os ataques. Um comunicado do governo explicou que, desde a semana passada, o número de envenenamentos “diminuiu de forma significativa”. Além disso, que não houve novos casos. As famílias seguem cobrando respostas das autoridades.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, repudiou publicamente os envenenamentos das alunas, pedindo inclusive a pena de morte para punir os responsáveis. Ele qualificou os crimes como “imperdoáveis”.
Os envenenamentos começaram dois meses depois de protestos desencadearem por todo o país. Os manifestantes pediam justiça pela morte da jovem Mahsa Amini, 22, que ficou sob a custódia da polícia moral e morreu. As autoridades informaram que a menina não estava usando corretamente o véu islâmico.
FONTE: REVISTA OESTE
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