Jihadistas seguem atentando contra construções milenares de cidade síria, e chefe do setor de antiguidades do país já admite ‘fim’ da cidade
DAMASCO – Jihadistas do Estado Islâmico voltaram a fazer destruição na cidade histórica de Palmira, Patrimônio da Humanidade. O grupo terrorista, que já havia explodido dois santuários e matado o arqueólogo responsável pela conservação das ruínas do local, agora destruiu o Arco do Triunfo, outra importante peça da cidadela milenar.
De acordo com Maamoun Abdulkarim, chefe do setor de antiguidades da Síria, a destruição por uma explosão foi confirmada neste domingo. O arco é considerado a entrada da cidadela antiga, além de um dos principais ícones do local.
— Tínhamos a informação de que haviam colocado explosivos em volta do arco, mas nunca imaginamos que realmente fossem assumir esta loucura, já que o monumento não tem qualquer sinais religiosos. Não achávamos que fossem atingir alvos sem conotação religiosa — lamentou. — Agora, já esperamos que a cidade inteira será destruída.
De acordo com Khaled al-Homsi, um ativista de Palmira, bombardeios do regime sírio causaram danos em 25% das muralhas da fortaleza no início de setembro. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, grupo de monitoramento com sede em Londres, confirmou os danos causados pela aviação o regime.
Desde que assumiu Palmira, o EI destruiu os tesouros da cidade antiga, como os famosos templos de Bel e Baal-Shamin e a estátua do Leão de Athena, uma obra única de mais de três metros de altura. Antes do início da guerra civil síria, há quatro anos, 150 mil turistas visitavam Palmira a cada ano.
Os jihadistas, que declararam um califado no território sob seu controle em regiões da Síria e do Iraque, capturaram Palmira do governo sírio em maio. Desde então, o grupo promoveu assassinatos em massa em lugares que conquistou e vem destruindo monumentos que considera sacrílegos, postando depois fotografias ou vídeos de suas ações.
Fonte: oglobo
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