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Endividamento de famílias do Norte continua alto – Por Silvio Persivo

E ultimamente este cálculo se tornou muito mais difícil. “Eu posso calcular os movimentos de corpos celestiais, mas não a loucura das pessoas” (Isaac Newton).

ECONOMISTAS TOMAM POSSE COMO VOGAIS DA JUCER

Esta semana ocorreu a posse de dois economistas como vogais da Junta Comercial de Rondônia. Segundo o Conselho Regional de Economia do Estado de Rondônia (CORECON-RO), João Batista Almeida, como Vogal titular, reconduzido, e Waldeatlas dos Santos Barros, como Vogal suplente, para o mandato que corresponde ao quadriênio de 2023 a 2027.

PORTO DE CHANCAY, NO PERU, PODE SER OPÇÃO DE TRANSPORTE PARA O PACÍFICO

Como parte da Agenda de Fortalecimento do Corredor Interoceânico da Amazônia Ocidental, na última segunda-feira, 10, nas dependências da Assembleia Legislativa, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), Sérgio Gonçalves, apresentou as potencialidades do Estado e afirmou que “Em 2020 as exportações de Rondônia somavam 1,37 milhões de dólares, e fechamos o ano de 2022 com uma cifra de 2,34 milhões de dólares”, bem como que mais de 250 produtos são exportados de Rondônia. Também o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanipal Mesquita apresentou os números do PIB daquele estado, a produção local, como o cultivo de grãos, que vem se fortalecendo nestes últimos anos, proteína animal e madeira, e defendeu o fortalecimento da rota interoceânica Amazônia Ocidental para impulsionar e incrementar os negócios acreanos. O destaque foi a apresentação das obras do Porto de Chancay, no Peru, um hub de redistribuição de cargas no Pacífico,  80 quilômetros ao norte de Lima-Peru, que, depois de  concluído,  será o maior centro logístico do Pacífico-Sul-americano, podendo  receber navios porta containers e redistribuir cargas do Chile, Equador e Colômbia. Ficou evidente ainda, conforme palavras de dirigentes empresariais, que para uma maior integração é preciso obter o fim das cotas de transporte entre os países e tornar permanente a fiscalização de funcionários do Ministério da Agricultura nas fronteiras para permitir o escoamento da produção pelo Pacífico.

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS DO NORTE CONTINUA ALTO

A pesquisa RADAR FEBRABAN, Pesquisa Febraban-Ipespe, entre os dias 22 e 29 de junho na região Norte, revelou que  63% das pessoas na região se declararam endividadas. Os que acreditam que estão ou estarão menos endividados neste ano em relação ao ano passado somam 36%. Aqueles que consideram estar na mesma situação do ano anterior equivalem a 35%. Outros 24% disseram que estão mais endividados neste ano.

CONJUNTURA NÃO ACENDE MUITAS EXPECTATIVAS

Há, pelo menos em certa parte dos especialistas, um otimismo maior sobre o desempenho da economia brasileira tendo em vista que, mesmo com a queda do varejo em junho, o desempenho das vendas continua apresentando altos e baixos e com um desempenho diferente entre seus segmentos. Como o alto endividamento das famílias e o aumento dos índices de inadimplência inibem os bancos de reduzir as taxas médias dos empréstimos muitos setores que dependem de crédito continuam a enfrentar dificuldades. É fato que as medidas temporárias do governo, como os subsídios de veículos medidas  para estimular a demanda por eletrodomésticos podem antecipar a decisão de consumo, porém  não alteram muito o cenário esperado para este ano. Pode ser que a melhoria no mercado de trabalho beneficie segmentos como alimentos, medicamentos, produtos de higiene pessoal e vestuário, o que aumenta a expectativa de uma pequena melhoria do PIB ainda mais se concretizada a esperança de diminuição da taxa Selic em agosto.

DESENROLA COMEÇA NA SEGUNDA-FEIRA

Anunciado que o programa “Desenrola”, do governo federal para a renegociação de dívidas, começará a operar  na próxima segunda-feira (17).A data foi antecipada pelo Ministério da Fazenda por portaria, publicada nesta sexta (14). Por enquanto, a renegociação vale somente para a faixa 2 do programa, para pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil. O governo, anunciou também que, na segunda-feira, os maiores bancos do país vão “limpar o nome” de até 1,5 milhão de correntistas com dívidas inferiores a R$ 100,00. Segundo divulgado não é um perdão de dívidas. O débito continuará existindo, mas os bancos se comprometem, pelo programa, a não usar esta dívida para inserir os correntistas no cadastro negativo. Na prática, se a pessoa não tiver outras dívidas inscritas no cadastro negativo, fica com o “nome limpo” – e pode voltar a comprar a prazo, contrair empréstimo ou fechar contrato de aluguel, por exemplo. Que é um estímulo ao consumo não há dúvidas, mas que não resolve o problema também. E tem um viés complicado: pode acabar aumentando o endividamento.

CAPITAIS TEM ALTA NA PARTICIPAÇÃO DO MERCADO CONSUMIDOR

A pesquisa IPC Maps 2023, especializada há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, aponta que, com base atual expectativa de alta do PIB de 1,2%, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões neste ano, um aumento real de 1,5% em relação a 2022, mas bem baixa em comparação ao incremento de 4,3% verificado no ano passado. A pesquisa mostra também uma ligeira alta na participação das 27 capitais no mercado consumidor (de 29,07% para 29,08%), após anos de quedas consecutivas. Em ascensão, também, estão as regiões metropolitanas, que passam a responder por 16,92%, enquanto o interior reduz sua presença para 54% no cenário nacional.

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

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