Em Linhas Gerais

Empresários estão perdendo otimismo com coronel governador – Gessi Taborda

SUCESSOR

O fechamento da rede de supermercados “Gonçalves” no final do mês de março ainda permanece uma incógnita sobre quem está com apetite suficiente para comprar suas plantas e sua marca.

Falou-se sobre o interesse de pelo menos 3 gigantes do setor de varejo em arrematar a rede que não conseguiu vencer a crise enquanto esteve no regime de recuperação judicial. Nem a rede acreana Supermercados Araújo, nem a Distribuidora Coimbra ou até mesmo o “Irmãos Gonçalves” confirmaram sequer que tenham apresentado proposta.

DESEMPREGO

Todos concordam que o setor hoje é de “alta concorrência” e isso deve ser o que desestimula concluir esse negócio.

O fechamento do “Gonçalves” preocupa técnicos da área econômica do governo rondoniense, “por ampliar o desemprego” e também por reduzir a arrecadação de tributos. Mas nem por isso, disse uma fonte, “há qualquer iniciativa do governo” em procurar um sucessor para reviver a rede de supermercados.

GOVERNO EMPACADO

O coronel Marcos Rocha faturou o governo rondoniense não por méritos políticos ou por desempenhos em cargos públicos. Sua vitória aconteceu por ter surfado na onda do bolsonarismo. É preciso destacar, no entanto, que nem todos que votaram em Bolsonaro votaram em Rocha, caso desse colunista. Rocha completou 90 dias de gestão no último dia primeiro. E nesse período seu governo praticamente não se moveu e continua empacado.

POUCO TEMPO

Os partidários de Marcos Rocha e seus amigos mais íntimos ainda não perderam o otimismo. Argumentam que 3 meses é pouco tempo para avaliar um governo, ainda mais quando esse governo está no seu primeiro mandato eletivo. E eles podem até ter razão.

O pior que se constata nesse curto tempo de gestão do estado é que ninguém percebe qualquer tipo de avanço e nem conhece qualquer projeto importante para destravar o desenvolvimento rondoniense com sua economia quase paralisada.

PESSIMISMO

Mal assessorado na área de comunicação, o novo governador parece não ter percebido o perigoso crescimento da queda do otimismo da população com sua “administração”. Sem uma coordenação política de excelência, a falta de habilidade de Marcos Rocha no manejo do Executivo desagrada não só os políticos (deputados principalmente), e também empresários preocupados com a estagnação e com as primeiras trapalhadas na gestão que começou em 1º de janeiro.

O QUE DIZEM

Supostamente, dizem, o governo está se tornando cada vez mais “inchado” e, inclusive, com entrada de novos integrantes aos conselhos, cuja necessidade de participação é discutível. É o que se tem ouvido em corredores frequentados por pessoal antenado que só. Enquanto quem pagou caro para prestar concurso e passou nas provas não é chamado nunca, correndo o risco de perder a validade da aprovação, a nomeação de comissionados e aspones superam as expectativas.

SAÚDE

O segmento da Saúde é o calcanhar de Aquiles de qualquer administrador público. O que está claro para o usuário do sistema é que os gestores, nos níveis federal, estadual e municipal não conseguem equacionar uma diretriz eficaz de ação.

DESFALQUE

Em se tratando de Porto Velho, o prefeito trava uma luta constante para aperfeiçoar o setor, vítima de anos de desacertos das gestões anteriores e, também, da falta de prioridade das administrações federal e do estado em compartilhar esforços para romper com os entraves existentes.

A ampliação dessa situação de penúria, em se tratando da capital rondoniense ocorreu com o drama do “Mais Médicos”. O município ficou desguarnecido com a retirada de dezenas de médicos das suas unidades de saúde.

EM BRASÍLIA

O prefeito Hildon Chaves manteve encontro na quarta-feira, dia 3, com o ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, cobrando daquela autoridade da República que não deixe a capital de fora do “Mais Médicos”, pois isso poderia piorar o cenário do atendimento à população. O prefeito apresentou ao ministro todas as limitações existentes no momento no segmento da saúde pública municipal. Algumas dessas limitações só podem ser equacionadas com o apoio dos governos federal e estadual.

LIVRE

A mídia não deu nada, como sempre foi praxe por aqui.

Uma fonte muito confiável contou à coluna que o ex-deputado Natanael Silva já está solto e até trabalhando. Como se recorda, Natanael ficou um tempo foragido da Justiça, sendo capturado num estado do Nordeste. Enquanto isso, o ex-deputado (que também foi, como Natanael, presidente da Assembleia) Carlão de Oliveira continua sua “dolce vita” de foragido. Dizem que não é capturado porque poderia abrir o bico e contar coisas de arrepiar os cabelos dos “capi di tutti capis”!

PRÉ-CANDIDATOS

Falta praticamente dois anos para a próxima eleição municipal. E mesmo assim há vários colunistas políticos (?) de sites rondonienses publicando constantemente relação de “candidatos” à disputa das prefeituras. Eles sabem tanto quanto nós que a política é dinâmica e não dá para antecipar quem serão os pré-candidatos de 2020. Assim, tudo não passa mera especulação.

OPOSIÇÃO

O prefeito Hildon Chaves tem sinalizado sua disposição de buscar a reeleição. Sua aspiração é legítima. É claro que Chaves terá oposição nessa corrida. Mas esse colunista ousa afirmar, agora, que se a “oposição” não se “reinventar” dificilmente terá chance de barrar um segundo mandato para o prefeito.

Aquilo que pode ser rotulada “como oposição ao prefeito” está sem estratégias para o combate do próximo ano. Fazem política do mesmo jeito antigo, sem mudar nada.

CRÍTICO

O eleitorado de Porto Velho a cada processo de escolha mostra-se mais crítico. O prefeito Hildon ainda tem dois anos à frente do comando da cidade. Até agora ele não faz uma gestão de “encher os olhos” mas mesmo assim ainda tem uma avaliação muito melhor do que seus mais recentes antecessores, sobretudo no aspecto ético e do combate à corrupção.

Exatamente por isso, pelo eleitorado bastante crítico em relação aos prefeitos enodoados com a prática da corrupção, não se pode subestimar a capacidade de Hildon Chaves em conseguir transmitir para a população os riscos de retornarmos aos tempos em que a prefeitura chegou a ser batizada de “Caverna de Ali Babá”.

FEIJÃO COM ARROZ

Os problemas de Porto Velho são reais e visíveis, a começar do trânsito caótico e perigoso até a falta de praças públicas bem cuidadas, etc, etc.

O prefeito “que veio para mudar” encontrou uma pedreira no município, a começar pela maldita herança do desequilíbrio das contas públicas e, por que não, do transporte urbano transformado pelo antecessor (mesmo assim eleito deputado federal) na charada do SIM.

Aparentemente não deu para fazer nada mais do que “o feijão com arroz”. No entanto até agora já houve grandes feitos, com destaque para a recuperação das finanças municipais, o pagamento dos servidores mantido em dia, a iluminação chegando às regiões mais remotas e muitas outras ações positivas que serão concluídas antes do final de seu mandato.

FAVORÁVEL

Mais importante declaração do prefeito Hildon Chaves nesse momento em que cumpriu mais uma agenda em Brasília.

“Reforço minha posição favorável à reforma nacional da Previdência e espero agilidade no processo para que o Brasil volte a discutir e trabalhar ações nas áreas prioritárias para a população e para que se alcance um maior desenvolvimento”, disse Chaves aos jornalistas.

DISCUSSÃO

Para o prefeito de Porto Velho “é fato que a reforma é extremamente importante. Mas há a necessidade de uma maior discussão e alterações, afinal a proposta foi encaminhada para o Congresso Nacional e cabe aos parlamentares, ouvindo os anseios da sociedade. Mas temos pressa. Precisamos de ações que reflitam em melhorias para o país e nosso povo”.

MAIS POBRE

Um ex-deputado da legislatura passada que não se reelegeu está, dizem as más línguas, vivendo em penúria. O ex-parlamentar já teria passado nos cobres um apartamento de luxo num condomínio do centro de Porto Velho para quitar dívidas. E, como dizem, não foram as dívidas de jogo não.

PROFISSÃO

Será que entendi bem? Será que a OAB foi ao judiciário pedir o relaxamento da prisão do ex-secretário da Saúde rondoniense pelo simples fato de que o mesmo é advogado? Ué, e ele foi preso em função do exercício profissional ou por denúncia da prática de corrupção? Então quando o sujeito for advogado e preso por delitos de desvios de dinheiro público tem o direito de ficar em “prisão” domiciliar? É, a OAB de hoje está aparentemente muito mudada!

DIFÍCIL

Será muito difícil saber quem vazou as informações sobre Gilmar Mendes e a mulher dele, Guiomar. Nesta Era do celular fotográfico, do e-mail e do pen-drive, é muito difícil identificar o autor de vazamentos, devido ao grande número de pessoas que podem ter acesso às investigações.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNISTA EM LINHA GERAIS –  JORNALISTA

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