Policial

Empresária presa por esquema de trabalho infantil usava nome falso e foi candidata a vereadora em Guajará-Mirim

Foi candidata a vereadora em Guajará-Mirim e teve 84 votos

A empresária presa nesta quarta-feira (27) em Porto Velho por explorar trabalho infantil, usando crianças para vender bolos de pote nas ruas, tem um passado ainda mais polêmico. Identificada como Eula Paula Martins, a mulher usava o nome falso Lohanna Gutiergue em suas atividades comerciais e redes sociais. Em 2020, ela concorreu ao cargo de vereadora em Guajará-Mirim sob o nome de Lohanna
Kawazaki, obtendo apenas 84 votos.
 

Identidade falsa e candidatura
Sob o nome falso Lohanna Gutiergue, Eula Paula se apresentava como empresária e organizadora de eventos em Porto Velho. Mas a descoberta de sua verdadeira identidade revelou que ela havia disputado uma cadeira na Câmara Municipal de Guajará-Mirim em 2020, utilizando o nome político Lohanna

Condições degradantes

Na residência da acusada, localizada em Porto Velho, as autoridades encontraram crianças vivendo em condições insalubres, dormindo em colchões no chão e usando roupas sujas. Duas das vítimas resgatadas são filhas biológicas da própria empresária. As demais pertencem a famílias em situação de vulnerabilidade social, que também estão sendo investigadas.

“A exploração dessas crianças ultrapassa o limite da crueldade. Além do trabalho forçado, elas estavam expostas a riscos e condições indignas. Esse caso exige uma resposta contundente da Justiça”, afirmou o promotor André Almeida.

Punição e investigação

Eula Paula Martins deve responder pelos crimes de exploração de trabalho infantil, coação e condições degradantes de trabalho, entre outros. Ela também poderá ser investigada por falsidade ideológica, devido ao uso de nomes falsos em suas atividades.
As crianças resgatadas foram encaminhadas para acompanhamento psicológico e social, sob a responsabilidade do Conselho Tutelar.

Impacto social

O caso gerou indignação em Rondônia, expondo a necessidade de maior vigilância sobre práticas abusivas envolvendo crianças e adolescentes. “Esse tipo de exploração não pode ser tolerado. É fundamental que a sociedade denuncie casos similares e que as autoridades atuem com rigor”, declarou a delegada Cheila Mara Bertoglio.

Enquanto o caso avança na Justiça, a prisão de Eula Paula Martins reforça a importância de medidas que protejam os direitos das crianças e coíbam práticas de exploração no estado.

FONTE: EU IDEAL

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