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Em Porto Velho, 15 pessoas de áreas alagadas contraíram leptospirose

Casos da doença aumentaram para 45 no estado; 8 aguardam resultado.
Semusa diz que pacientes passam bem e tomam antibióticos em casa.

 

O décimo quinto caso de leptospirose em Porto Velho foi confirmado pelo Laboratório Central de Rondônia na manhã desta segunda-feira. A capital tem 35% das sorologias reagentes (positividade) do estado, que agora, soma 45 pessoas portadoras da doença. Há oito sorologias aguardando resultado, informou o secretário municipal de Saúde, Domingos Sávio. “Todas essas pessoas residiam nos 12 bairros alagados de Porto Velho e tiveram contato direto com a água contaminada”, explicou. Um surto da doença pode ser questão de dias para o diretor-geral do Lacen, Luiz Tagliari. “O pior momento será com a vazante do rio, quando a exposição das pessoas com a água contaminada aumentará”, disse Tagliari.

Entre os pacientes, nenhum estava nos 41 abrigos públicos. As notificações dobraram neste ano em relação a março de 2013. Domingos Sávio informa que, além de Porto Velho, há pacientes de Rolim de Moura, cidade em estado de emergência, e Jacy Paraná, a 80 quilômetros da capital, onde o rio Jacy transbordou e interditou a BR-364 para a passagem de veículos de passeio e caminhonetes. Há registros positivos da doença nas cidades de Ouro Preto do Oeste, Cacoal, Colorado do Oeste e Vale do Paraíso.

A doença, transmitida a partir da urina de roedores, não fez vítima fatal em Rondônia, neste ano, mas todos os casos estão diretamente ligados à cheia histórica do Rio Madeira.  De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), os pacientes iniciaram tratamento à base de antibióticos antes mesmos da confirmação da doença pelo laboratório. “Inicialmente, [os pacientes] foram internados, mas hoje estão em casa, em recuperação”,  afirmou Domingos Sávio. A identidade e endereço dos pacientes são preservados pelo Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron).

Análises na água também confirmaram contaminações associadas à leptospirose. As autoridades em vigilância sanitária têm dificuldades para convencer crianças a evitarem bricar em áreas alagadas. “É um problema cultural muito sério. Há pessoas que resistem, e nós recorremos aos pais, para que haja uma conscientização maior por parte das famílias expostas ao perigo”, concluiu Domingos Sávio

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Gomes Oliveira

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