Em Linhas Gerais

Em Linhas Gerais: Sei lá o que ocorre com os coleguinhas da imprensa rondoniense- por Gessi Taborda

SOLTEIRO

Do jeito que este governo perdeu o controle da inflação, o Bolsa Família vai virar Bolsa Solteiro.

SABEDORIA

betoCada dia mais próximos estamos do momento da grande decisão. E acabei encontrando nas eleições uma analogia com um cesto cheio de frutas, onde você, eleitor tem de saber escolher a melhor. É isso mesmo: as frutas são doces e amargas, verdes e maduras, incluindo as que se vão apodrecendo. Saber escolhê-las, nisso está o desafio. E a sabedoria.

Por que estou escrevendo isso? Pode ser por ter visto no Facebook ontem uma foto mostrando o ex-prefeito Roberto Sobrinho algemado pela Polícia Federal, sendo levado para o xilindró. O efeito daquela foto calou profundamente quando acabei vendo também o mesmo personagem se apresentando na TV como candidato e homem que “muito fez por Porto Velho”.

DIFICIL SUPORTAR

horário-eleitoral (1)Com todos esses anos de vida estou no meu limite do suportável. Não tolero mais ver e ouvir o tal “horário de propaganda eleitoral”, pois ele me leva a crer que a corrupção é congênita. O ser humano é, lamentavelmente, corrupto por natureza. Deve ser por isso que ouço tanto se falar de que esse moço vai ser um dos mais votados dessas eleições e, claro, não deverá jamais ter um novo par de algemas nos pulsos.

MASCARADOS

horário-eleitoral (1)Se isso realmente acontecer se confirmará que a população nada mais é do que um conjunto de máscaras necessárias para ocultar a hipocrisia, a maldade, a ambição, o individualismo.

Então, vendo o rio de dinheiro gasto por corruptos conhecidos do tecido social nessa campanha, sou forçado a acreditar que o dinheiro é o instrumento que definirá o virtuoso e bandido. E como dizia o poeta Augusto dos Anjos: “A mão que afaga é a mesma que apedreja; a boca que beija é a mesma que escarra”. Talvez se Ivo Cassol tivesse lido esse poeta não teria caído na esparrela que lhe dará uma tornozeleira de presente natalino.

DA NATUREZA

imprensaSei lá o que ocorre com os coleguinhas de imprensa rondoniense. Confessam-se indignados com a corrupção mas fazem boca de siri diante das tramoias usadas por alguns para enganar a população e própria Justiça, colocando os laranjas na passarela da disputa. E assim temos a mulher que é “do Muletas”, a mãe que  é “do Kaká”, a esposa “do Donadon” e assim sucessivamente.

E os coleguinhas fazendo da corrupção o samba de uma nota só. Tanto mostram falsas indignações que corrupção é, hoje, notícia requentada.

UNS E OUTROS

imprensaE você que me olha de rabos de olhos porque coloco o dedo na ferida sabe muito bem do que estou falando. Certamente você pode estar entre aqueles que votarão sem nenhum remorso naquele deputado especializado em esconder dinheiro sujo na cueca. O povo — que, se puder, suborna o guarda da esquina — finge escandalizar-se e alivia-se ao ver apenas políticos levando a culpa pela corrupção de cada um. Políticos são os mais notórios corruptos. Mas isso não isenta a pequena corrupção de cada dia.

O povo é egoísta demais para viver do escândalo dos outros. Por isso não se importa mais, nem mesmo quando vive nas igrejas gritando Aleluiah e chamando de “irmão” um político corrupto protegido pelo líder da igreja. O noticiário sobre a corrupção desses “irmãos” envolvido em escândalos e mais escândalos não surpreende a mais ninguém. Saturou. Se um candidato der pão e circo, e o outro, um trecho do Evangelho, em quem o eleitor vota?

ENTENDA O CASO

PetrobrasMuitos me perguntam sobre a tal CPMI da Petrobras. A CPI Mista da Petrobras é chapa branca e foi criada exatamente para não apurar nada. Os petistas não querem ninguém investigando a sujeira que seus prepostos na petroleira andaram aprontando. Até onde se sabe o golpe aos cofres da Petrobras já bateram os R$ 10 bilhões, roubados e levados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa à lavanderia do doleiro Alberto Yousseff, este também fichado e engaiolado.

DEBATE INÓCUO

DEBATEAinda não foi dessa vez que o debate dos candidatos ao governo rondoniense (realizado na TV do candidato Acir, que sonha em ganhar uma cadeira com validade de 8 anos no Senado) teve utilidade real para o eleitor. Mais uma vez eles (os candidatos) não propõem nada, não explicam seus programas de governo, nada dizem sobre reformas políticas, econômicas, ou sobre do que pensam sobre a maioridade penal, sobre o aborto, etc. Apenas se atacando em suas fragilidades morais e biográficas.

DESLIGUEI

DEBATEPelo que vinha assistindo naquele embate, com a maioria dos candidatos se revelando péssimos quando se tratava de apresentar soluções para os grandes entraves do desenvolvimento em nosso estado, decidi desligar a TV e ir dormir.

Interessante foi ver no dia de ontem o conteúdo dos releases recebidos dos candidatos, cada um achando que venceu o debate, que empolgou a população.

Algo está muito errado numa democracia quando a tática da desqualificação do adversário se transforma, pela insistência, no aspecto mais percebido das campanhas políticas.

Na minha concepção o tal debate não mudou nada na postura do eleitorado. Não provocou maiores reflexões.

BRIGAS DE MOLEQUE

DEBATENossos candidatos ao governo – salvo pouquíssimas exceções – fizeram do palco de debates uma arena de brigas de moleque, incapazes de apresentar uma proposta de governo que nos faça orgulhar de nós mesmos, de construir um futuro para os nossos filhos, de nos dar condições de participar do grande concerto dos estados brasileiros, de inferir nos desígnios do futuro de médio prazo de Rondônia.

Precisamos, senhores candidatos, de coisas muito mais simples do a verborreia apresentada. Precisamos de um novo governante, capaz de a harmonia entre os poderes, de um governante disposto a respeitar a Constituição Cidadã, explicando como vai retomar o crescimento econômico rondoniense.

PENICO FORA

DEBATEAlém de saber qual o norte moral que esses candidatos adotarão na próxima gestão; queremos saber como vão trabalhar para a modernização do ensino, a qualificação e ampliação do sistema de saúde.

Queremos saber como e em que tempo resolverá os problemas das vítimas da cheia do Madeira, como serão resolvidos os problemas da falta de remédios na rede pública de saúde.

Os últimos quatro anos foram suficientes para encher o penico estadual. Alguém vai ter jogá-lo fora. E é para isso que precisamos de maior clareza dos candidatos, dando-nos condição de escolher quem está mais preparado para jogá-lo fora.

 

 

 

 

 

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