Assim como Neymar, o técnico Dunga também se manifestou nesta segunda-feira sobre as declarações do zagueiro Thiago Silva sobre a perda da faixa de capitão da seleção brasileira.
O treinador, que usou a braçadeira nas Copas de 1994 e 1998, disse que respeita a opinião do atleta do Paris Saint-Germain, mas lembrou que existe hierarquia dentro da equipe. “Cada um tem o direito de se expressar, vivemos numa democracia. Trabalho com profissionais, homens, e os respeito dessa forma. Na seleção ninguém perde nada, ninguém é dono de nada. Seleção é da seleção. Estamos trabalhando para aflorar novos líderes, não há só um líder. A decisão é do treinador”, afirmou Dunga, em Viena, onde a seleção enfrentará a Áustria, nesta terça-feira, no último compromisso do ano.
No domingo, Thiago Silva se queixou da perda da titularidade e, sobretudo, de não ter conversado com Neymar ou Dunga sobre a mudança. “Fica a sensação de que perdi algo que me pertencia”, declarou o jogador. Dunga diz que já se entendeu com o atleta, mas não disse como foi a conversa. “São coisas internas. Já passou e temos de pensar na seleção e fazer um bom jogo. Ele já tinha trabalhado comigo. Sabe do posicionamento que tenho com todos.”
Dunga também deixou claro que não aceitou a declaração de Thiago Silva de que o time precisa atuar com uma mistura entre jogadores experientes e mais jovens, para que não fique uma “correria louca” em campo. “Acho que é o ritmo que se joga no futebol moderno, de pressão. Gosto de hierarquia e a respeito. A forma da equipe jogar é decidida pela comissão técnica. Sobre jovens ou não, todos pediram uma renovação e ela está aí. É bom ter jogadores experientes. Mas é bom os jovens com sangue novo, adrenalina.”
Fonte: VEJA
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