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Dr. Jairo tem ‘padrão de violência contra mulheres e crianças’, diz defesa de mãe de Henry

Três mulheres já declararam à polícia que foram vítimas de agressão do vereador

Adefesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto no início de março, afirmou em nota divulgada neste sábado (17) que os relatos de violência contra outras mulheres e crianças cometidas pelo vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho são um padrão.

De acordo com a nota assinada por três advogados da professora, presa sob suspeita de envolvimento morte do próprio filho, a diferença do caso Henry “foi a morte da criança”.

Monique, que compartilhava a defesa com o namorado, decidiu ter a própria representação, e os novos advogados pedem que ela preste novo depoimento sobre o caso. A nota foi divulgada após a Polícia Civil afirmar ter informações suficientes para encerrar as investigações.

“Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela que tanto tem a esclarecer. Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para ‘calar Monique’ ou não se buscar a verdade por completo”, afirmou a nota, assinada pelos advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad.

Três mulheres já declararam à polícia que foram vítimas de agressão do vereador. Elas relatam que seus filhos também foram alvo de violência de Jairinho. A última a relatar o caso prestou depoimento nesta sexta-feira (16) após negar à imprensa ter sofrido abuso do suspeito.

“A defesa observou, do estudo dos novos elementos do inquérito, que há repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças. Neste lamentável caso, a diferença foi a morte da criança”, escreveram os advogados.

Diretor do DGPC (Departamento-Geral de Polícia da Capital), o delegado Antenor Lopes afirmou nesta sexta-feira (16) que já há elementos suficientes para encerrar as investigações do caso Henry na Polícia Civil e encaminhar os resultados para o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Dr. Jairinho e Monique Medeiros estão presos temporariamente desde o dia 8 de abril. Eles são suspeitos de homicídio qualificado de Henry no dia 8 de março.

No início da semana que vem, investigadores e peritos devem acertar os últimos detalhes do inquérito, e o delegado responsável pelo caso deverá apresentar o relatório final. “Nós julgamos ter provas muito contundentes, mais do que suficientes, para que o caso seja levado à Justiça”, afirmou Lopes.

A informação foi dada após o depoimento da assistente social Débora Saraiva, 34, ex-namorada do vereador Dr. Jairinho, na 16ª Delegacia de Polícia da capital, na Barra da Tijuca (zona oeste).

Segundo o delegado, Débora voltou atrás no depoimento anterior e confirmou que ela e o filho, então com dois anos, sofreram agressões do parlamentar durante os seis anos em que se relacionaram.

“Ela disse que foram tantas agressões que nem sequer conseguia lembrar a quantidade exata de vezes que apanhou do Dr. Jairinho”, afirmou. “Tudo isso demonstra como foi importante o pedido de prisão temporária, porque as testemunhas vêm apresentando novas versões”, disse Lopes.

Jairinho ainda não constituiu oficialmente novo advogado. De acordo com o jornal O Globo, o defensor do vereador será o advogado Braz Sant’Anna, ex-defensor público. Procurado pela Folha, ele não retornou às mensagens enviadas.

FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO

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