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Dólar mantém alta frente ao real; Bolsa inverte sinal e sobe

BC anunciou dois leilões de linha de até US$ 500 milhões

SÃO PAULO — Mesmo com o anúncio de leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) feitos pelo Banco Central, a moeda americana se mantém em leve alta frente ao real, acompanhando o exterior. Às 11h11m, o dólar comercial estava sendo negociado a R$ 3,797 na venda, com valorização de 0,07%. Na máxima do dia, a divisa foi negociada a R$ 3,817 e na mínima caiu a R$ 3,786. Ontem, no fechamento do pregão, o dólar comercial encerrou cotado a R$ 3,794.

Segundo relatório de Jefferson Luiz Rugik, da corretora Correparti, o mercado financeiro continua repercutindo a declaração da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Janet Yellen, que reforçou a possibilidade de os EUA subir os juros já em dezembro. Mas a atuação do BC brasileiro limita a alta da divisa americana por aqui. No exterior, o dólar ganha força em relação a divisas de países emergentes ligados a commodities.

O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, também defendeu uma possível elevação da taxa de juros em dezembro e disse que o banco central americano precisa ser independente para guiar a política monetária. Ele afirmou ainda que os Estados Unidos não estão “tão longe da meta de 2%” de inflação e que quando o dólar parar de subir, os preços do petróleo vão parar de cair. O mercado, agora, espera novos dados da economia americana que comprovem a retomada consistente do crescimento da economia.

Nesta manhã, o diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, afirmou que há indícios de que o início do processo de normalização da política econômica nos EUA pode ser em dezembro.

Ontem, após o fechamento do mercado financeiro no Brasil, o Banco Central anunciou mais dois leilões de linha no valor de até US$ 500 milhões, nesta tarde.

— Com o anúncio dos leilões, o BC sinalizou que não se sente confortável com um dólar acima de R$ 3,80 – avalia Rugik.

É a segunda vez que o BC promove uma intervenção desse tipo nesta semana, mesmo após um mês de alguma tranquilidade no câmbio.

O BC também dá continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

No Brasil, investidores repercutem negativamente o adiamento da votação na Câmara dos Deputados do projeto que permite a regularização de capitais brasileiros no exterior, que, se aprovado, pode trazer entradas significativas de recursos ao país.

BOLSA ABRE EM ALTA, PETROBRAS CAI

Na Bolsa de Valores, o Ibovespa, índice de referência do mercado de ações brasileiro, tem uma manhã de instabilidade. O indicador abriu o dia em alta, inverteu a tendência antes da primeira meia hora de negociações, e voltou a subir. Às 11h11m, o índice se valorizava 0,68% aos 48.034 pontos. Entre as chamadas ‘blue chips’ do pregão (as ações mais negociadas), os papéis da Petrobras comçeram o dia em queda, mas inverteram a tendência. As ações ordinárias (com direito a voto) sobem 1,61% a R$ 10,05, enquanto os papéis preferenciais (sem direito a voto) ganham 0,74% a R$ 8,14.

Ontem, o Ibovespa caiu pela primeira vez em três dias, sob pressão de Petrobras, que teve maior baixa em três semanas com queda do preço do petróleo. O recuo foi de -0,7%, atingindo 47.710 pontos. Hoje o preço do barril WTI está em alta.

A greve dos trabalhadores da petrolífera continua afetando a produção da companhia. Segundo nota divulgada pela Petrobras, nesta manhã, na terça-feira, conforme o previsto, houve queda de produção de 178 mil barris de petróleo — o equivalente a 8,5% da produção diária no Brasil.

“As ações implementadas pela Petrobras para mitigar os impactos do movimento grevista permitem estimar que ao final de quarta-feira a produção de petróleo no Brasil teve uma redução de 140 mil barris de petróleo, equivalente a 6,5% da produção diária anterior à greve”, diz a nota.

Para o gerente de mesa Bovespa da corretora H. Commcor, Ari Santos, a paralisação tem impacto negativo sobre as ações da companhia na Bovespa, já que a redução na produção impacta o caixa da petrolífera. Mesmo assim, ele avalia que ainda é cedo para saber quais serão os efeitos da greve.

– Não sabemos se a greve vai durar uma semana, um mês, dois meses. Quanto mais tempo o movimento se estender pior será o impacto no caixa da companhia – disse o analista.

Um número divulgado pelos analista do HSBC estima que um mês de paralisação pode custar até US$ 31’5 milhões ao caixa da empresa.

As ações da mineradora Vale recuam nesta manhã, enquanto os papéis de banco se valorizam.

A maior alta do pregão é apresentada pelos papéis ordinários da Eletrobras, que sobem 7,82% a R$ 5,93. A Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF), órgão da Aneel, definiu que pagará uma indenização de R$ 9 bi para sua controlada Furnas. O valor é relativo aos ativos não amortizados ou não depreciados da Rede Básica do Sistema Transmissão Existente (RBSE), existentes no ano 200. A data-base do cálculo é 31 de dezembro de 2012.

A maior baixa é apresentada pelos papéis ordinários da BR Propert com baixa de 1,38% a R$ 12,13.

 

 

 

 

Fonte: oglobo

 

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