FILOSOFANDO
“A política tem a sua fonte na perversidade e não na grandeza do espírito.” VOLTAIRE (1694/1778), escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês.
AUMENTO DA VERBA
Um fato registrado do Diário Oficial do Legislativo: o comando daquele poder aumentou suplementou os gastos com publicidade em quase 1milhão e meio nos últimos dias. O que justificaria um poder que não vende nada, não concorre com ninguém, suplementar tão vigorosamente um gasto que já é exagerado.
Não deve ser para continuar veiculando a péssima campanha criada para incensar uma banda de rock sem importância e que em nada se identifica com a cultura rondoniense.
BLINDAGEM
Aparentemente trata-se de manobra para comprar mais blindagem junto à mídia que é a verdadeira beneficiada com a destinação dos milhões saídos dos cofres públicos a título de publicidade. E não é toda a mídia, como é fácil perceber. Só aquela que se comporta e maneira dócil aos interesses dos parlamentares. Essa mídia continuará com os olhos fechados para barbaridades praticadas nas entranhas daquele poder, não só pela farta distribuição de dinheiro público nesse vergonhoso esquema de publicidade, mas também pela concessão de cargos aos seus cupinchas, parentes e agregados. Só divulgarão da Casa factoides de caráter positivo e nada mais. Afinal, ganham para isso.
FRASE LAPIDAR
Não dá para entender como homens cultos, com suas vidas plenamente resolvidas (em todos os aspectos) não atentam para o risco de um futuro de desintegração moral do país diante de um julgamento de corrupção onde as provas sobre o assunto não “podem” ser levadas a sério. Ficará imortalizada na história desse julgamento a frase com que o ministro Herman Benjamim concluiu seu voto: “Recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão”.
PASSEIOS
O leitor pode até não entender e achar que esse é mais um abuso dos apaixonados por benesses e mordomias pagas com o dinheiro do contribuinte. Mas não se pode esquecer: ninguém e de ferro e todo mundo gosta de viajar para belos destinos turísticos.
O encontro começou quarta e termina ontem, deixando o fim de semana livre para passeios. A delegação de Rondônia foi uma das maiores. Muito mais do que deputados curtiram esses dias em Foz. Assessores de todos os níveis (os tidos como aspones) estiveram lá também. Até o time da “logística” (para que?) foi incluído na comitiva.
DESINIBIDOS
Nem a maior das crises no país inibe a escolha de sedes paradisíacas para eventos pagos com recursos públicos. A ALE tem obrigação moral de dizer aos eleitores rondonienses quanto gastou com essa sinecura e quem dela se aproveitou. Sei não, mas acredito que o TCE terá interesse em usar a lupa para ver não só o custo mas se houve alguma justificativa real para tanta gente ter sido deslocado ao disputadíssimo destino turístico na fronteira entre Paraná, Paraguai e Argentina.
PRIVILÉGIOS
Como até hoje nenhum gestor da Assembléia nas duas últimas décadas teve coragem de realizar concurso público para a contratação dos servidores do legislativo, as suspeitas que no passado levaram ao descobrimento das folhas paralelas, com alguns parlamentares sendo condenados e presos pela mutreta, permanecem assombrando muita gente com a possível visita (de novo) dos homens de preto.
LENHA NA FOGUEIRA
A suspeita que pode motivar novas ações do MP e até da PF reforça a ideia de que a política de privilégios na distribuição de cargos pode ser aferida até pela presença de notórios donos de sites “amigos” em cargos de alta remuneração a partir do gabinete principal. No momento oportuno, alguém poderá colocar lenha nessa fogueira.
DOIS PESOS
Ficará muito claro diante da defesa a ser feita contra detratores irresponsáveis e mentores da mera perseguição política que não há, na verdade, a justificativa de enfrentamento da cultura da corrupção. Ficará muito claro que a cúpula ainda está presa às práticas do coronelismo e é adepta da aplicação de dois pesos e duas medidas, especialmente para proteger e mascar a prática da corrupção em benefício próprio e do alheio. É triste o sentimento de desencanto com alguém que mudou tanto a ponto de tomar decisões incoerentes que serão reveladas no seu tempo próprio.
JULGAMENTO
Na coluna do domingo, de um modo especial, estaremos cuidado de analisar e opinar sobre o grande e histórico julgamento do TSE, onde o relator Herman Benjamin cresceu em respeito ao povo brasileiro com a apresentação de argumentos irrefutáveis de que a chapa Dilma/Temer ganhou a campanha com milhões de reais de propinas originadas no roubo da Petrobrás.
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