FILOSOFANDO
“Ser feliz é viver com sentido, com coragem, construindo o futuro e dando o futuro. Ser feliz não é sorte, nem é ausência de problemas.” VASCO PINTO DE MAGALHÃES (1941), Padre e escritor português.
DEPOIS DO HAITI
Rondônia sofreu recentemente os reflexos do ingresso de milhares de haitianos que chegaram ao Brasil ilegalmente, entrando pelo Acre, especialmente entre 2012 e 2013. Muitos desses migrantes vieram parar em Rondônia, especialmente em Porto Velho, procurando escapar das agruras de um Haiti destruído pelo terremoto. Na verdade os haitianos não chegaram a ser um problema local, até pelo fato de que nosso estado estava num regime de pleno emprego, consequência dos investimentos no sistema hidrelétrico do Madeira.
OS VENEZUELANOS
Agora a situação é diferente. Estamos num momento de desemprego. A indústria da construção civil está paralisada (especialmente no segmento de moradias) e o setor de serviços tem assistido o fechamento de várias lojas importantes do varejo.
E é nesse momento que Rondônia volta a ser alvo de uma leva de pessoas procurando fugir da decadência de seu país, até pela facilidade que eles terão de chegar a cidades como Porto Velho.
De acordo com dados oficiais, somente nesse ano 1805 venezuelanos cruzaram a fronteira pelo município de Pacaraima (RR) para pedir refúgio no Brasil. É claro que a maioria dessas pessoas não pretende viver na cidade de Boa Vista. Vão procurar cidades maiores, como Porto Velho.
ACOLHIMENTO
Dessa vez nosso estado deverá sofrer o reflexo da decadência da Venezuela, de onde uma parcela significativa do povo está fugindo da crise violenta que vive aquele país fronteiriço. Mesmo sendo um dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo, a Venezuela está indo à bancarrota.
Os venezuelanos que fogem da crise aprofundada pelo presidente Maduro cruzando a fronteira por Roraima poderão eleger o estado rondoniense como um de seus refúgios.
Ainda não há uma previsão do número desses “hermanos” que poderão chegar por aqui, mas certamente demandará um novo esforço de acolhimento por parte do prefeito de Porto Velho, a ser eleito no próximo dia 30.
FALHA DO GOVERNO
Nem imagino o que o governador Confúcio Moura, de Rondônia, tentará produzir na literatice de seu blog pessoal na Internet após mais um massacre de proporções monumentais ocorridos no Presídio Ênio Pinheiro, na madrugada do dia 17, ontem.
Certamente vai usar seu estilo teatral para tirar o dele da reta e, quem sabe, atribuir a responsabilidade a um simples e “imprevisível” golpe do destino e ao próprio instinto assassino dos prisioneiros.
Imagino que ele possa, mais uma vez, adotar a posição de autodefesa, atribuindo toda a culpa exatamente às vítimas da tragédia.
OBRIGAÇÃO DO ESTADO
Para o colunista ao Estado cumpre o dever de proteger as pessoas que mantém em custódia. Mas pela tragédia registrada o Estado falhou claramente com sua obrigação. Quem repudia a barbárie espera que as autoridades definam responsabilidades no caso e aplique as punições legais aos que permitiram essa carnificina.
DEMISSÕES
E que o governador não fique apenas na prática contumaz de usar fatos dessa importância para fazer literatice em seu blog pessoal.
Dessa vez a falha da gestão do estado no sistema carcerário foi um exemplo de desprezo pela vida humana. Não dá simplesmente para se aceitar um pedido formal desculpa quando oito pessoas (detentos) foram sacrificadas na tal rebelião e dezenas foram feridas.
INFORMAÇÕES
Não é possível imaginar alguém gerindo um barril de pólvora como o Ênio Pinheiro não tivesse informações ou indícios mínimos de que isso iria ocorrer. A tragédia deveria motivar a substituição dos responsáveis pelo sistema carcerário do estado e pelos que devem cuidar da segurança dos apenados, além da responsabilização prevista em lei.
PERIGOSO
É só dar uma olhada nas notícias veiculadas no dia de ontem nos principais sites noticiosos de Porto Velho, com gente morrendo (mais uma vez) até no tal “Espaço Alternativo” (uma coisa nascida da contumaz prática de corrupção na gestão pública) para constatar a falência da Segurança Pública rondoniense.
Meu Deus! Está ficando perigoso sair de casa nessa Rondônia que até recentemente era uma terra bucólica… E enquanto isso um deputado estadual prepara-se para distribuir mais uma vez uma carrada de láureas a policiais rondonienses… E bate o bumbo.
DIAS CONTADOS
Não era tradição cultural rondoniense, como muitos afirmam ou imaginam. E mesmo assim nos dias de hoje virou uma febre. Toda cidade rondoniense faz suas promoções de rodeios. Muitas vezes com patrocínio do dinheiro público.
Essa é uma prática com dias contados. O STJ vai agir com rapidez e bastante rigor. Maus tratos com animais é crime. E assim será combatido nos tribunais.
DEBATES
O candidato Hildon Chaves está completamente coberto de razão ao evitar “debates” em ambientes hostis, onde o único objetivo é enreda-lo com pegadinhas. Nessa reta final de campanha basta ao candidato participar do debate das grandes redes de TV, como a Record e Globo.
Apresentar-se em palcos como o Sintero (dominado por décadas pelos petistas) é simplesmente cair numa esparrela petralha, seguidores do candidato derrotadíssimo do PT no primeiro turno. Não somará nada para a presumível vitória do tucano. Se Hildon escapou dessa arapuca ao deixar de ir dia desses num debate da Unir (outro reduto vermelho), por que cair nesse truque de madame montado pelos petistas do Sintero?
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