Documento incluiu defesa à taxação dos super-ricos e promessa de reforma na ONU; líderes condenaram terrorismo
A cúpula do G20 divulgou na noite desta segunda-feira (18) a declaração final do encontro dos líderes do grupo. No documento, as autoridades manifestaram “o compromisso de construir um mundo justo e um planeta sustentável, priorizando o combate às desigualdades em todas as suas dimensões, sem deixar ninguém para trás”. Leia a íntegra da declaração a seguir.
A declaração divulgada pelo G20 tem 85 tópicos e também fala sobre mudanças climáticas, a guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza e sobre as desigualdades mundiais.
Na declaração, os chefes de Estado falam em um sentimento de “angústia“ pelas guerras em curso ao redor do mundo e dizem que repudiam “todos os ataques contra civis e infraestrutura”. Além disso, os líderes afirmam condenar “o terrorismo em todas as suas formas e manifestações” e pedem que os países deixem de usar a força para tentar invadir territórios vizinhos.
Outros dois assuntos entraram na declaração como essenciais para o combate à fome: o fim da corrupção e a taxação dos super-ricos.
O segundo tópico vinha sendo apontado como um dos pontos mais polêmicos da reunião realizada na capital carioca. Segundo o texto divulgado nesta segunda, haverá um envolvimento cooperativo dos países “para garantir que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados“, com respeito à soberania tributária.
Além disso, grupo se comprometeu em reformar o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para tornar ele “mais representativo, inclusivo, eficiente, eficaz, democrático e responsável”. No primeiro discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cúpula, ele criticou a atuação do Conselho e o poder de veto de alguns países.
O que é o G20?
O G20 é formado por 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), pela União Europeia e a União Africana. Juntos, os países representam dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
Este ano, o Brasil exerceu a presidência rotativa do grupo. Na terça (19), durante o encerramento da cúpula, o Brasil passará a presidência para a África do Sul.
FONTE: R7.COM
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