A direção do Corinthians entrou com ação exigindo a isonomia para pagar suas dívidas de centenas de milhões de reais, como os clubes-empresas. Fluminense, Vasco e Portuguesa fizeram o mesmo pedido. E conseguiram
Em 12 páginas, o escritório Bianchini formalizou a saída para o Corinthians usufruir de uma das maiores vantagens que um clube brasileiro pode desfrutar, como Sociedade Anônima do Futebol. Sem ser uma empresa: reunir todas as dívidas ativas em apenas um foro. E destinar apenas 20% de sua arrecadação mensal para esses credores.
O pedido foi feito ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que repassou a decisão para a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
A diretoria do Corinthians está entusiasmada. Tem a certeza de que poderá resolver o pesadíssimo problema das dívidas que estão travando o clube.
Além das centenas de milhões de reais pela construção do estádio, há inúmeros processos que atormentam o clube. Desde trabalhistas até de fornecedores, que reclamam de não terem sido pagos.
O valor integral, de acordo com a oposição, estaria beirando 1 bilhão de reais. Mas não é confirmado pela direção do Corinthians. Pelo contrário, o valor é tratado como ‘segredo de estado’.
O Corinthians não é o primeiro clube a exigir a isonomia, ou seja, o mesmo privilégio dos clubes que se tornaram Sociedade Anônima do Futebol, como Cruzeiro e Botafogo.
De maneira discreta, o Fluminense, Vasco e Portuguesa fizeram o mesmo pedido.
O argumento está no artigo 14 da lei do SAF, o que trata da isonomia e proporcional aos credores.
O blog conseguiu o pedido original. E reproduz aqui três páginas, de um total de 12.
A direção corintiana aposta que o clube desfrutará esse alívio financeiro. Há conselheiros ligados ao presidente Duilio Monteiro Alves garantindo que será ‘melhor do que vencer a Libertadores’, a aprovação desse pedido.
O Regime Centralizado de Execuções só não foi aprovado para o Corinthians, de acordo com a direção do clube, porque aconteceram duas contestações técnicas, apontadas pelo juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A primeira divergência foi em relação ao valor de R$ 5.000 do processo. O que não foi aceito. É necessário saber o total da dívida, não o valor ‘aleatório’ de R$ 5.000.
A segunda é que o Corinthians deveria ter pago as custas do processo. O que não fez.
O juiz deu o prazo de 15 dias para que o clube resolva essas questões, se quiser a isonomia.
Se aprovado, o clube ainda terá dois meses para apresentar a lista dos seus credores.
Os que receberão 20% do que arrecadar mensalmente.
Será o fim dos inúmeros processos, em várias varas, com avaliações diferentes.
A empolgação dos dirigentes é muito grande.
Há a certeza de que essa será a saída financeira definitiva para o clube, desde a construção da arena em Itaquera.
E, importantíssimo, para Duilio Monteiro Alves.
Sem virar SAF.
Ou seja, com o Corinthians mantendo sua autonomia.
Sem dono…
FONTE: R7.COM
Add Comment