Em Linhas Gerais

Confúcio revela o lado de Marcos Rocha: “Ele é nosso”, é o plano B – por Gessi Taborda

GENTE NOSSA

A entrevista de Confúcio Moura dada a Everton Leoni como senador eleito – que já está se espalhando pelas redes sociais – confirma incontestavelmente o papel de Cel. Marcos Rocha como o plano B do MDB, caso o partido fosse derrotado (como foi) no primeiro turno.

Ele conta como Marcos Rocha foi para o partido de Bolsonaro. “O Marcos foi para o partido por mera circunstância”. E Confúcio acrescentou: “Ele está do nosso lado, como ex-integrante do governo, pois foi nosso secretario de Justiça e trabalhou conosco na Educação”.

Uma vitória do coronel será considerada como “uma espécie de terceiro mandato” para Confúcio e derrotados do MDB, ávidos por ocupar cargos importantes do governo.

ESCALADOS

Nomes de proa do partido entram na especulação dos escalados para áreas de comando do governo estadual nos tititis das coxias políticas. É o caso do Maurão de Carvalho que, de acordo com tais bochichos seria escolhido para a Secretaria da Agricultura.

Outro nome cotado para o primeiro escalão é o de Valdir Raupp, derrotado na disputa do Senado e devidamente encalacrado nas apurações promovidas pela Lava Jato sobre corruptos de Rondônia.

E na semana passada o Cel que pretende conquistar votos na esteira da liderança do Bolsonaro, aproveitando-se do número da sorte do futuro presidente, andou recebendo também para conversa em petit-comitée nada menos que Nilton Capixaba, arrancado da vida pública por ser inelegível, possivelmente para garantir um espaço no próximo governo se não der Expedito Júnior.

O PLANO B

Não há motivos para se duvidar das afirmações de Confúcio Moura. Ele mostrou capacidade de engendrar esquemas e táticas eleitorais até certo ponto sofisticadas.

Se em determinado momento admitiu até mesmo deixar o (P)MDB onde seu nome era rechaçado pelo cacique Raupp, acabou superando os entraves, garantindo uma das legendas para o Senado, desbancando o barbudo Valdir que certamente nunca imaginou uma derrota para o “muy” amigo filosofo caipira.

Mas ao concretizar o Plano B com a transformação de seu ex-secretário Marcos Rocha em candidato mais adequado para surfar na onda de Bolsonaro, Confúcio demonstrou claramente capacidade para construir arapucas mais sofisticadas.

LIGAÇÃO ÍNTIMA

A ligação íntima do novo cacique emedebista com o coronel que se diz pupilo de Bolsonaro é cada vez mais explícita. Certamente ele é o fiador da ida de velhos companheiros para posições de destaque na campanha de segundo turno do militar. As fontes não escondem: lá estão Emerson Castro (autêntico carregador de pasta de Confúcio), e o Almeida (principal advogado do MDB no estado) para agir com desenvoltura no segmento jurídico da campanha.

MARKETING

Outro sinal incontestável da ligação do Coronel Rocha com o time do MDB vem do informe de que “a mesma equipe responsável” pelo marketing do derrotado Maurão de Carvalho é quem já está cuidando da campanha do militar nesse segundo turno.

Diante dessas evidências o eleitorado rondoniense vai para as urnas diante de um novo dilema: assegurar que a limpeza do primeiro turno não se constituirá num malogro no segundo turno.

Essa inegável simbiose do candidato que detém o número mágico da disputa com o derrotado MDB é um sinal de alerta que não deveria ser desprezado por quem não quer mais um governo contaminado com o emedebismo ou partidos de sua órbita.

DEFINIÇÃO COERENTE

A coluna foi um dos primeiros espaços jornalísticos que previu a alta possibilidade de Jair Bolsonaro vencer a disputa eleitoral. Ele sempre foi o melhor candidato para derrotar o petismo e a esquerda em geral no Brasil, exatamente por se livrar dessa praga do “politicamente correto” e por defender preceitos fundamentais da ética e dos bons costumes.

Claro, o colunista sempre defendeu que as mesmas mudanças precisavam ocorrer em Rondônia onde, até agora, a política estava sob o comando de falsos líderes completamente contaminados pela praga da corrupção. E assim foi fácil definir o voto majoritário em Bolsonaro, presidente, e Expedito Júnior, governador.

ANTAGÔNICOS

Agora nesse segundo turno temos aqui no estado dois candidatos antagônicos. Expedito Júnior, um político conhecido com uma carreira iniciada numa Câmara de Vereadores, disputando de forma independente o governo.

Seu oponente, certamente um militar orgulho da caserna, introduzido na disputa eleitoral por seu pupilo principal, o péssimo ex-governador Confúcio Moura, também envolvido em denúncias de corrupção.

Temos dois candidatos antagônicos, como são antagônicos no plano nacional Bolsonaro e Haddad.

Um agindo como aríete para o combate da corrupção, outro procurando sempre seguir as orientações do prisioneiro de Curitiba, com a ideia de livrá-lo de cumprir a condenação por institucionalizar o roubo na gestão pública.

Se está claro que o Cel. ficou tanto tempo servindo ao corrupto esquema do governo filosófico, porque imaginar que uma suposta vitória do militar não reabriria todos os canais para o domínio da tróika derrotada do MDB?

CONTAMINAÇÃO

Não há motivação alguma para modificar meu voto nesse segundo turno. O colunista vai repetir 45 para governador e 17 para Presidente do Brasil. Não dá para correr o risco diante das evidências de contaminação da candidatura estimulada pela esperteza sutil de Confúcio.

O segundo turno exige ainda mais prudência dos eleitores.

Quem não quer correr o menor risco de deixar o governo rondoniense continuar como um condomínio de quem ainda está ai com esperança de impor o seu jogo precisa manter sua posição preferencial por um candidato independente do esquema de Poder que colocou Rondônia nessa situação de decadência moral e econômica. Aquele que foi o mais votado no primeiro turno também pede votos para Bolsonaro como presidente do Brasil.

ROMPIMENTO

Diante das costuras feitas pelo militar na aproximação com aqueles acostumados a impor seu jogo na gestão pública até agora, a confirmação de Expedito como futuro governador rondoniense é a maneira única de derrotar o fisiologismo e romper com as estruturas tradicionais que servem apenas ao enriquecimento de um pequeno grupo aboletado na administração.

E AGORA?

E a mídia rondoniense ainda não pauta esse assunto. É claro que a determinação do STF de recolher a uma cadeia de Brasília o (ainda) senador Acir Gurgacz é relevante e merece manchete. Mas outros assuntos precisam ganhar destaque, principalmente por continuar como coisas sem importância mesmo corroendo o dinheiro do cidadão-contribuinte-eleitor.

14 MILHOES

Uma nova disputa para indicar o próximo presidente da Assembleia Legislativa já começou. Então, é hora de líderes e dos novos políticos dispostos a moralizar o estado, exigir que o próximo presidente da Casa cancele o contrato de mais 14 milhões com gastos de publicidade daquele Poder. É um enorme escoadouro de dinheiro público sem trazer benefício algum para a sociedade. Serve apenas para colocar de joelhos a mídia beneficiada tornando-a incapaz de cumprir seu papel de fiscalizadora e de critica ao Poder.

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