Talvez seja preciso apanhar para aprender e, mesmo assim, há muitas pessoas que não aprendem. “Talvez a maior lição da história seja que ninguém aprendeu as lições da história” (Aldous Huxley).
COMPETITIVIDADE DE PORTO VELHO DIMINUI EM 2022
No Ranking de Competitividade dos Municípios, uma iniciativa que analisa 415 deles (7,45% do universo) na sua terceira edição, com população acima de 80 mil habitantes de acordo com a estimativa do IBGE para o ano de 2021, se estrutura por meio de 65 indicadores, organizados em 13 pilares temáticos e 3 dimensões: instituições, sociedade e economia. Nesta edição de 2022, entre as 26 capitais, Porto Velho aparece em 25% lugar com nota 46,59 ( e em 298º no geral) e, em relação ao Norte, em 12º lugar com desempenho abaixo de Ji-Paraná (51,59), Cacoal (49,21) e Vilhena (48,53). Porto Velho, nesta edição de 2022, caiu 27 posições e,entre as capitais do Norte, se encontra num nível de competitividade abaixo de Palmas (57,15), Manaus (51,56), Rio Branco (50,73), Boa Vista (50,36) e Belém 47,5). O desempenho de Porto Velho é afetado, principalmente por questões ambientais, segurança, saúde, educação e saneamento. Quem desejar acesso aos relatórios pode encontrar no link https://municipios.rankingdecompetitividade.org.br/.
EM AGOSTO CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS TIVERAM O MELHOR NÚMERO DA SÉRIE HISTÓRICA
A Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) divulgou que a Indústria ainda segue contratando a maioria dos trabalhadores temporários. E em agosto, teve o melhor número da série histórica, iniciada em 2014, gerando 248.560 vagas temporárias em todo o país. Um aumento de 25,8% com relação a agosto de 2021, quando foram geradas 197.580. Os números acima do esperado, demonstram a tendência deve aquecer ainda mais nos próximos meses. Em Rondônia, entre julho e setembro, foram criados 4.760 empregos temporários. A melhoria do nível de empregos e do acesso ao crédito, bem como o Dia das Crianças e as festividades do final de ano devem manter e até aumentar o aquecimento da economia. Por isto o presidente da Asserttem, Marcos de Abreu, afirmou que “Agosto teve um resultado surpreendente, superando nossas expectativas. Assim, confirmamos que a economia brasileira está aquecida, sendo puxada pelas contratações do setor da Indústria”. O presidente da Fecomércio/RO, Raniery Araujo Coelho, entrevista à TV Meridional também, apoiando-se na intenção de consumo e no aumento do otimismo dos empresários do comércio, disse que percebeu um aquecimento no comércio, na indústria na área de serviços em devido à aproximação do final do ano e da Copa do Mundo.
AGRONEGÓCIO BRASILEIRO DEVE ATRAIR INVESTIMENTOS EXTERNOS
Embora a imprensa brasileira continue ignorando os bons resultados da economia brasileira o que se vê, entre especialistas em investimentos internacionais, é uma atenção cada vez maior ao Brasil tanto que os relatórios de muitos deles alertam para o fato de que, na reunião desta semana, do Banco Central tende a interromper o ciclo de alta das taxas de juros, depois de subir as taxas desde março de 2021. Também especulam sobre o governo estudar um novo arcabouço fiscal para substituir o teto constitucional de gastos, nos quais as despesas seriam vinculadas ao PIB nominal, numa proporção dependente do nível da relação dívida/PIB. A atenção maior, contudo é para o papel fundamental que o agronegócio terá para o desenvolvimento do Brasil e do mundo. Ressaltam que o Brasil se encontra numa situação privilegiada em relação ao crescimento populacional e o aumento na demanda por alimentos, bem como em relação à necessidade por energia limpa e o papel dos biocombustíveis como fonte alternativa. E que o grande interesse internacional, dada a importância do setor na economia brasileira, aponta no sentido de que devem aumentar muito os investimentos no setor, inclusive externos.
INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PROJETA CRESCIMENTO MAIOR DO PIB
Um dos melhores indicadores de aquecimento da economia é a indústria de embalagens. A caixa de papelão é um termômetro que antecede o que vai ser produzido e está presente também na entrega de produtos. Assim, com a produção do setor brasileiro de embalagens crescendo 4,6% no 2º trimestre de 2022 são evidentes os sinais de que a economia vai crescer mais do que o esperado. Os dados são da Associação Brasileira de Embalagem – Abre, que informou que entre abril e junho, os destaques foram as embalagens de vidro, com alta de 13,5%, papel e papelão ondulado, com 5,3% de crescimento, e plástico, com incremento de 3,5%. Entre os setores de consumo, o segmento de bebidas cresceu 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Na sequência, estão: alimentação fora de casa (+6,4%), têxtil (+4,3%) e limpeza, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal (+3,5%). O setor teve, no ano passado, um grande desempenho, pois o valor bruto da produção física de embalagens atingir o montante de R$ 11e bilhões, um aumento de 31,1% em relação aos R$ 84,6 bilhões alcançados em 2020, mas, se formos comparar com os R$ 65,8 bilhões de 2017 terá sido um aumento de 66,1%, o que é excelente tendo em vista os dois anos de pandemia.
BOM DESEMPENHO DA BOLSA ATRAI CAPITAL ESTRANGEIRO
Com um desempenho superior aos mercados globais durante todo este ano, até aqui, a Bolsa brasileira apresenta o Ibovespa subindo +6% no acumulado do ano, enquanto os índices globais caem entre 15% a 20%. Este desempenho é motivado por: 1) uma grande exposição dos setores mais procurados por investidores globais, como commodities e bancos, 2) múltiplos considerados bastante atrativos, e 3) taxas de juros altas, atraindo investidores estrangeiros para a renda fixa e a Bolsa brasileira. No mês de agosto, que foi mais um de entrada de capital estrangeiro, houve um saldo positivo de R$ 16,4 bilhões de capital estrangeiro. No ano todo, o saldo já alcançou R$ 86,6 bilhões;
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
* A opinião dos colunistas colaboradores são de sua inteira responsabilidade e não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense
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