Investigadores britânicos consideram tratar-se de algo infeccioso ‘pelas características clínicas e epidemiológicas dos casos’
O ECDC (Centro Europeu para o Controle e a Prevenção de Enfermidades) anunciou, nesta terça-feira (19), que foram detectados casos de hepatite infantil de origem desconhecida em outros quatro países europeus.
“Na esteira dos casos notificados de hepatite aguda de origem desconhecida pela Agência de Segurança Sanitária britânica”, no início de abril, “foram notificados casos adicionais em crianças na Dinamarca, Irlanda, Holanda e Espanha”, informa a agência europeia em um comunicado.
Também foram identificados nove casos suspeitos em crianças de 1 a 6 anos no Alabama, nos Estados Unidos, segundo o ECDC.
“As investigações continuam em todos os países que informam casos. Atualmente, a origem exata da hepatite segue sendo desconhecida”, escreve o ECDC, mas os investigadores britânicos “consideram que o mais provável é que seja algo infeccioso devido às características clínicas e epidemiológicas dos casos”.
Na quinta-feira (14), a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que esperava novos casos nos próximos dias, confirmando ao menos cinco na Irlanda e três na Espanha.
Contatado pela AFP, o ECDC não estava em condições de fornecer o número de casos por país.
Não foram registradas mortes, mas alguns doentes no Reino Unido necessitaram de transplante de fígado.
“As investigações de laboratório de todos os casos descartaram uma hepatite viral de tipo A, B, C, D e E”, segundo o ECDC.
Em 5 de abril, o Reino Unido havia notificado a OMS sobre dez casos de hepatite grave na Escócia, antes de comunicar um total de 74 casos três dias depois (8), segundo a organização das Nações Unidas.
Entre os casos britânicos, “muitos mostravam sinais de icterícia e alguns pacientes reportaram sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, diarreia e vômitos, nas semanas anteriores”, segundo o ECDC.
FONTE: AFP
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