TRÁGICO
Não é de hoje que políticos rondonienses transformaram em hábito o aplauso do erro, defendendo na maior cara de pau o legado nocivo dos personagens mais tenebrosos das práticas antirepublicanas dessa nossa querida terra.
Ora, seria cômico se não fosse trágico. Como pode alguém com mandato popular defender a ida de um ignorantão para comandar uma das pastas mais complexas e mais importantes do governo, como soem ser o DER? Pois é isso, garantem as candinhas, que está acontecendo agora. E tudo para armar o premiado para se tornar uma espécie de aríete contra a especulada candidatura de Glaucione na disputa pela prefeitura de Cacoal. Contudo não devemos nos surpreender com quem está por trás dessa tenebrosa transação. É exatamente aquele lamentável deputado que foi personagem destacado no escândalo dos sanguessugas da máfia das ambulâncias.
BAGAGEM TÉCNICA
Claro que não dá para imaginar alguém sem a mínima formação técnica, de preferência no segmento da engenharia civil, dirigindo um DER. Mas aqui é provável que isso venha acontecer. Faz tempo que o governo rondoniense age como quem perdeu o rumo. O staff do primeiro escalão não precisa de currículo e pode ser medíocre, desde que se disponha a aplaudir o chefão e assinar compromisso com a roubalheira.
ROLETA
Há quem aposte que o ex-caudilho de Ariquemes, Ernandes Amorim, não desistiu de emplacar o próximo prefeito daquele importante no pleito de 2016. Se ele mesmo não puder disputar, vai entrar de cabeça na campanha apoiando um nome ligado ao seu clã. O objetivo é mostrar que ainda não está politicamente morto.
COMBUSTÍVEIS
Embora a greve dos caminhoneiros não possa ser considerada um sucesso, onze refinarias e 58 plataformas da Petrobras continuam paradas por causa da greve dos petroleiros. Unindo os dois blocos, em muitas cidades brasileiras, registra-se uma corrida aos postos de gasolina, sob a ameaça de que o combustível não será distribuído normalmente. Esse temor já circula entre os donos de veículos de Porto Velho.
A ILHA
É algo meio surrealista, mas Rondônia não está em crise. Pelo menos é nisso que a maior parte dos deputados estaduais acredita. Essa mensagem subliminar foi passada ontem pelo deputado Lebrão, coordenador da Caravana da Integração – que levará pelo menos 16 deputados rondonienses à Bolívia – em entrevista coletiva realizada ontem no gabinete de Maurão de Carvalho, o presidente da Assembleia.
COM EVO
A caravana parlamentar parte numa viagem dia 14 rumo a Trinidad, capital da província do Beni, pela rota da BR-429, visualizada pelo deputado Lebrão como “um novo corredor do desenvolvimento”. Lá os parlamentares estaduais conversarão com seus colegas bolivianos e até com Evo Morales, interessado num intercâmbio maior com Rondônia.
Na visão do deputado Lebrão, entusiasmado a ponto de arriscar um portunhol diante dos jornalistas, a crise enfrentada pelo Brasil não chegou ao estado e com essas iniciativas, Rondônia continuará sendo uma ilha progressista, pronta para superar até a fracassada diplomacia brasileira.
SOLUÇÃO À VISTA
Pelo menos um dos entraves para o aumento do comércio e intercâmbio internacional de Rondônia com seus vizinhos andinos deve finalmente ter uma solução. Essa esperança foi transmitida pelo próprio Lebrão. Embora o Aeroporto Jorge Teixeira seja oficialmente “internacional”, na prática isso só pode acontecer quando ele for alfandegado. E isso, crê Lebrão, vai finalmente acontecer, antes mesmo da implantação do controle alfandegário na fronteira com a Bolívia com a passagem pela BR-429.
CORRUPÇÃO CABOCLA
A passarela da indignidade rondoniense mostrou a ex-deputada e ex-prefeita de Rolim de Moura, Milene Mota em mais um desfile de quem pode passar uma temporada na cadeia.
Embora a corrupção de gestores públicos no novo estado rondoniense tenha começado em prefeituras interioranas como as de Vilhena e de Colorado do Oeste, imaginava-se que sua sede mais importante acabaria na capital. Ledo engano. A corrupção cabocla se alastra como um rastilho de pólvora. Só nessa semana a Justiça condenou além de Milene Mota, o ex-prefeito Cloreni Matt, de Santa Luzia e vários outros políticos do interior rondoniense.
O LADO BOM
Esses fatos reforçam a ideia de que nossas instituições estão mais atentas aos gestores irresponsáveis e corruptos, responsabilizando-os por locupletarem-se com os recursos da sociedade em beneficio próprio.
Mas é preciso um redobrado rigor na investigação e na punição desses maus gestores e políticos, sempre crentes de que se beneficiarão com a impunidade. Uma parte deles ainda é refratária a adotar conduta ética e transparência na gestão pública.
SAFRA CASSOLISTA
Nessa semana mais um nome apareceu na ribalta dos que foram pegos com as calças nas mãos. Trata-se de Carlos Alberto Canosa, responsabilizado no âmbito do Tribunal de Contas pela realização de despesas do estado com serviços de transportes no tempo em que respondeu pela coordenadoria geral de apoio à governadoria, na gestão de Ivo Cassol.
Esses exemplos deveriam servir de alerta a gestores que continuam metendo os pés pelas mãos acreditando fazer parte do time de intocáveis. Às vezes o castigo demora, mas ele acaba vindo.
NA MIRA
Mauro Nazif acredita estar nadando de braçada e que por isso não terá nenhuma dor de cabeça com o resultado trapalhão de sua teatral tragédia do transporte coletivo urbano, naquela jogada da solução “emergencial” que ninguém sabe e ninguém viu.
Tanto assim que ensaia novos passos nessa espécie de “ultimo tango” da esperteza do transporte, com outros personagens. Mas uma fonte ligada à “Oposição” do prefeito da capital garantiu que Nazif está na mira dos que “cobrarão o prejuízo” sofrido pelo município com a vergonhosa aventura. É só questão de tempo o prefeito vai receber a fatura
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