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Bombeiros localizam 2º corpo nos escombros do prédio que desabou no Centro de SP

Equipe de resgate diz que corpo pode ser de uma criança. Gêmeos de 9 anos são procurados na tragédia.

Corpo de Bombeiros encontrou na manhã desta terça-feira (8) um segundo corpo nos escombros do prédio no Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo. Segundo informações iniciais, o corpo pode ser de uma criança. A primeira vítima, encontrada na sexta-feira (4), foi identificada como Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39 anos, o homem que morreu quando era resgatado.

Enquanto o primeiro havia sido achado nos fundos do prédio, o segundo estava na área central do terreno, de acordo com o tenente Guilherme Derrite. Bombeiros acreditam que estejam trabalhando agora no pavimento que correspondia ao sétimo andar, onde viviam os gêmeos Welder e Wender, de 9 anos, filhos de Selma, também considerada desaparecida.

“Agora às 6h30, em uma escavação manual, foi localizado o corpo de uma vítima de pequeno porte, podendo ser de uma criança”, disse o capitão Palumbo, porta-voz dos Bombeiros. O corpo tem sinais de carbonização.

Ao todo, sete pessoas são procuradas. As equipes estão intensificando as buscas na área central do terreno, porque há indícios de que outras vítimas possam ser encontradas ali. Às 8h35, uma retroescavadeira se afastou para a retomada das buscas manuais e com auxílio de cão. Os trabalhos completaram uma semana nesta terça.

Buscas manuais

Palumbo disse que os bombeiros começaram a trabalhar na noite de segunda (7) na área onde o segundo corpo foi achado. “A própria cadela Sara passou pelo local e ela esboçou grandes indícios, mas o que foi determinante foi a remoção dos escombros de forma selecionada”, afirmou.

De acordo com o tenente Guilherme Derrite, houve vazamento de gás natural, e a Comgás foi chamada. “No local, estritamente, apenas buscas manuais. O trabalho agora passa a ser feito com muito mais cuidado, um trabalho muito cirúrgico para preservar as partes dessas vítimas e que possa haver exame de confronto para identificar essas vítimas.”

Em nota, a Comgás afirma que “o dano foi causado pelos trabalhos de retirada de entulho realizados pela PMSP e Corpo de Bombeiros nos escombros do prédio no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo – que não era abastecido pela rede de gás natural encanado”. A companhia diz ter sido acionada por volta das 6h10 e ter controlado o vazamento às 6h55.

Às 6h50, os bombeiros estenderam uma lona azul durante as buscas aos escombros, próximo à Igreja Luterana, ao lado do prédio. Segundo Derrite, “o IML vai analisar os restos mortais para fazer exames comparativos com material genético de parentes dos desaparecidos. Somente após isso é que terão a confirmação de quem é a vítima”.

Mais um desaparecido

Também na manhã desta terça-feira, os bombeiros incluíram mais um homem, de 56 anos, na lista oficial de desaparecidos. Francisco Dantas vivia há um mês no oitavo andar do prédio.

A ex-mulher de Francisco Lima procurou a polícia para informar sobre o seu desaparecimento. “Eu falava com ele todos os dias. O dia que eu não falei foi na terça. Aí eu liguei pra ele, e ele não atendeu mais.”

Relembre o caso

Na madrugada do dia 1º de maio, um incêndio iniciado no 5º andar do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, levou ao desabamento do prédio, cerca de uma e meia depois. As chamas se espalharam rapidamente pelos poços de elevador, e o imóvel comercial de 24 andares veio abaixo.

O fogo foi causado por um curto-circuito, informou o secretário de Segurança Pública, Mágino Alves. Segundo ele, uma sobrevivente disse em depoimento que o fogo começou na tomada onde estavam ligados três aparelhos: micro-ondas, geladeira e TV. Inicialmente, outros moradores haviam dito que o incêndio foi provocado pelo estouro de uma panela de pressão, após uma briga de casal.

Mais de 200 pessoas viviam irregularmente no local, segundo a Prefeitura de São Paulo. O prédio estava vazio desde 2003 e passou por vários ciclos de invasão. Imagens mostram que, ao menos entre 2015 e 2017, havia ali uma faixa do Movimento Social de Luta por Moradia (MSLM).

O prédio pertencia à União desde 2002, mas um processo iniciado em 2017 iria transferi-lo à Prefeitura de São Paulo. Ele chegou a abrigar diferentes órgãos públicos, como a Polícia Federal e o INSS. Projetado em 1961 pelo arquiteto Roger Zmekhol, chegou a ser considerado um dos prédios comerciais mais luxuosos da época.

FONTE: G1.COM

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