Diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, participará de uma reunião técnica com o presidente eleito. Ramos nega convite para ser ministro
O presidente eleito Jair Bolsonaro se reúne nesta quinta-feira (22) com o diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, e o procurador regional da República do Distrito Federal, Guilherme Shelb, em Brasília. Ambos são possíveis nomes para comandar o ministério da Educação.
Em nota, o instituto Ayrton Senna informou que o encontro de Ramos com Bolsonaro será uma reunião técnica em continuidade à outra que ocorreu há uma semana com o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni.
O comunicado diz que “foram apresentados um diagnóstico e caminhos de melhoria para a educação brasileira, preparados pelo Instituto Ayrton Senna”.
Shelb é abertamente defensor do projeto Escola Sem Partido e, em 2017, se posicionou favorável ao tema em comissão especial sobre o assunto em 2017. O procurador também afirma ser contra “discussão de gênero” nas escolas.
Na quarta-feira (21), vários jornais anunciaram Ramos como o futuro ministro da Educação. A notícia, no entanto, foi negada por Bolsonaro e pelo Instituto Ayrton Senna.
O presidente eleito escreveu no Twitter que “até o presente momento não existe nome definido para dirigir o Ministério da Educação”. Já o Instituto Ayrton Senna informou que “diferentemente do que vem sendo publicado na imprensa, Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, não foi convidado pelo novo presidente para assumir o Ministério da Educação”.
Reuniões
Ramos participou de reunião com o ministro extraordinário da equipe de transição, Onyx Lorenzoni, no último dia 14, para apresentar um diagnóstico da educação brasileira e possíveis caminhos para o setor. Alfabetização e valorização de professores foram os principais temas tratados.
Ex-secretário de Educação de Pernambuco, Ramos foi reitor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e presidiu distintas entidades educacionais, como a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Todos pela Educação e fez parte do CNE (Conselho Nacional de Educação).
No passado, Ramos foi cotado para integrar o governo, mas recusou o convite.
A aproximação de Bolsonaro com o Instituto Ayrton Senna ocorreu enquanto ainda era candidato. A presidente do instituto e irmã do piloto Ayrton Senna, Viviane Senna, foi convidada pelo presidente eleito para tratar de educação.
Ministros
Ainda na quarta-feira, Bolsonaro anunciou mais dois ministros que vão integrar o governo: o advogado Gustavo Bebianno vai ocupar o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República e André Luiz de Almeida Mendonça irá comandar a AGU (Advocacia-Geral da União).
FONTE: R7 com Agência Brasil
Add Comment