Dois bolivianos foram presos, na manhã desta terça-feira (24), quando tentavam entrar ilegalmente em Guajará-Mirim (RO), município brasileiro localizado a 330 quilômetros de Porto Velho. A fronteira entre Brasil e Bolívia está fechada em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Segundo a Polícia Federal (PF), duas embarcações com quatro passageiros foram vistas tentando atracar em um porto do Bairro Triângulo, por volta de 6h30. Os agentes da PF e do Exército tentaram abordar os imigrantes no rio Mamoré, mas eles fugiram e então se iniciou uma perseguição por água.
Dois bolivianos conseguiram fugir, mas os outros dois foram alcançados e presos. As duas embarcações que eles usavam também foram apreendidas.
Segundo o delegado da PF de GUajará-Mirim, Luiz Silveira, os bolivianos foram entregues à Bolívia logo depois de serem presos. A devolução dos bolivianos e embarcações foi feita devido à pandemia do novo coronavírus, pois as autoridades brasileiras não sabem qual é a condição de saúde dos estrangeiros.
“Estamos fazendo a expulsão compulsória dos estrangeiros ilegais e entregando eles e as embarcações ao governo boliviano, para evitar o ingresso de estrangeiros em solo brasileiro. Eles serão enquadrados na legislação boliviana, por medida de proteção à saúde pública. Devolvê-los é a melhor opção, não sabemos a condição de saúde destes estrangeiros”, destacou.
Fechamento da fronteira
O Brasil fechou as fronteiras terrestres para entrada de estrangeiros vindos de países vizinhos da América do Sul. O fechamento, conforme portaria de 19 de março do governo federal, se aplica a rodovias e outros meios terrestres, mas não a aeroportos.
A medida vale para estrangeiros que estejam nesses países e queiram entrar no Brasil. Cidadãos brasileiros que estiverem nesses locais podem entrar no Brasil.
Desde o último sábado (21), as fronteiras terrestres e aéreas da Bolívia também foram fechadas por causa da Covid-19.
Exército na região
A partir desta semana, o Exército Brasileiro também está na fronteira para reforçar a segurança em Guajará-Mirim, que faz fronteira com a Bolívia.
FONTE: G1/RO
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