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Banco pede desculpas e cancela exposição que debochava de religião

Queermuseu ainda tinha peças sobre homossexualismo e zoofilia

A exposição Queermuseu — Cartografias da diferença na Arte Brasileira, que estava em cartaz em Porto Alegre (RS), foi cancelada neste domingo (10) pelo Santander Cultural. A mostra, que duraria até 8 de outubro, causou revolta de internautas e foi acusada nas redes sociais de debochar de símbolos cristãos e promover a pedofilia.

Em nota, o banco disse que recebeu as manifestações das pessoas e pediu desculpas a quem se sentiu ofendido por alguma das peças exibidas.

Queermuseu tinha 270 obras assinadas por nomes como Leonilson e Lygia Clark, e curadoria de Gaudêncio Fidélis. Entre os trabalhos polêmicos estão a imagem de Jesus Cristo ao lado de um veado, hóstias — símbolos sagrados católicos — com escritos remetendo ao erotismo, o desenho de uma criança com o texto “criança viada, travesti da lambada” e imagens de sexo com animais.

Em manifestação na página do banco, várias pessoas se diziam correntistas e ameaçavam deixar a instituição financeira.

Veja a nota oficial do Santander Cultural sobre a antecipação do fim da exposição.

“Nos últimos dias, recebemos diversas manifestações críticas sobre a exposição Queermuseu – Cartografias da diferença na Arte Brasileira, inaugurada em agosto no Santander Cultural. Pedimos sinceras desculpas a todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra.”

“O objetivo do Santander Cultural é incentivar as artes e promover o debate sobre as grandes questões do mundo contemporâneo, e não gerar qualquer tipo de desrespeito e discórdia. Nosso papel, como um espaço cultural, é dar luz ao trabalho de curadores e artistas brasileiros para gerar reflexão. Sempre fazemos isso sem interferir no conteúdo para preservar a independência dos autores, e essa tem sido a maneira mais eficaz de levar ao público um trabalho inovador e de qualidade.”

“Desta vez, no entanto, ouvimos as manifestações e entendemos que algumas das obras da exposição Queermuseu desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo. Quando a arte não é capaz de gerar inclusão e reflexão positiva, perde seu propósito maior, que é elevar a condição humana.”

“O Santander Cultural não chancela um tipo de arte, mas sim a arte na sua pluralidade, alicerçada no profundo respeito que temos por cada indivíduo. Por essa razão, decidimos encerrar a mostra neste domingo, 10/09. Garantimos, no entanto, que seguimos comprometidos com a promoção do debate sobre diversidade e outros grandes temas contemporâneos.”

Fonte: R7

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