Justiça

Baixaria na campanha – Confúcio terceiriza ataques a adversários e usa aposentado de 71 anos para “bater” em rivais

A nova estratégia do governador Confúcio Moura (PMDB) para tentar disputar o segundo turno das eleições é bater nos adversários, mesmo que para isso tenha de terceirizar os ataques, utilizando até um idoso do município de São Francisco.

Os ataques pesados contra os adversários começaram neste sábado. O primeiro alvo foi Expedito Junior (PSDB), que lidera a disputa para o Governo. A assessoria de Confúcio, candidato à reeleição, divulgou nota chamando Expedito de “cachaceiro” e “jogador de baralho”, embora o próprio governador, que conviveu muito tempo com Expedito quando os dois eram aliados políticos, saiba que os adjetivos lançados contra o hoje rival não sejam verdadeiros.

Na esteira das ofensas a Expedito, a assessoria de Confúcio lançou outra nota, desta vez terceirizando os ataques.
A assessoria peemedebista usou um senhor de 71 anos, do município de São Francisco, para tentar desqualificar os demais postulantes ao cargo de governador.

Sobrou até para o senador Ivo Cassol (PP), que, embora seja o padrinho da campanha de sua irmã Jaqueline Cassol ao Governo e esteja empenhado na campanha, não é candidato – a não ser a uma vaga em um dos presídios de Rondônia, para onde deverá ser mandado em breve assim que o Supremo Tribunal Federal determinar o cumprimento da pena de 4 anos e oito meses imposta ao ainda senador, que está condenado por fraude em licitação quando era prefeito de Rolim de Moura.

Segundo a assessoria de Confúcio Moura, o aposentado Benedito Aparecido da Silva, de 71 anos, teria dito que o “eleitor não deve votar em quem usa pulseira na perna e é candidato por causa de uma liminar conseguida na justiça”.

Ocorre que nesta eleição nenhum candidato, seja a deputado estadual, federal, senador, governador ou a presidente da República, está disputando a eleição escorado por liminar. Quem teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, mas não foi concedida liminar que garanta o candidato provisoriamente na campanha.

Também não se conhece nenhum caso de candidato que esteja “usando pulseira na perna”, ou seja, tornozeleira eletrônica utilizada para monitorar presos do semiaberto.

O único político envolvido na eleição e que está prestes a usar o dispositivo numa das pernas é justamente Ivo cassol, que comanda a campanha da irmã , mas não é candidato. Cassol, inclusive, deve apoiar Confúcio se houver segundo turno, quando já deverá estar com sua tornozeleira.

Os ataques do Confúcio aos adversários visam tentar reverter, a pouco mais de dez dias do primeiro turno, seu índice de rejeição (33%, a maior entre os candidatos ao Governo) e a incômoda situação de segundo colocado na pesquisa Ibope*, com apenas 28% das intenções de voto, situação em que estava  empacado há mais de 30 dias. Expedito lidera com 35%.

Fonte : tudorondonia.com

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