FILOSOFANDO
“A tirania é um hábito com a propriedade de se desenvolver e se dilatar a ponto de se tornar uma doença”. Fiódor Dostoievski, escritor russo falecido em 1881.
EDITORIALZIM
Outubro é o mês do idoso. É mês escolhido para a reflexão sobre esse tema ao qual o próprio colunista está inserido agora, ao se aproximar dos 70 anos. Às vezes a constatação de que as diversas alterações orgânicas sentidas, como a redução do equilíbrio, da mobilidade, das capacidades fisiológicas (respiratória e circulatória) e modificações psicológicas vão tirando a alegria antiga que me proporcionava escrever a coluna diariamente. E agora só o faço 2 vezes por semana.
Ainda resisto a me tornar totalmente improdutivo (afinal, não dá para viver apenas da aposentadoria) e debilitado. Se vou superando os obstáculos, principalmente pelo grande número de remédios que compõem minha dieta diária, tenho consciência de que as alterações do tempo proporcionam, sim, à maioria dos envelhecidos o sentimento de desamparo deixando, muitas vezes, o indivíduo impotente, indefeso e fragilizado para tomar suas decisões.
Por tudo isso aproveite esse mês dedicado aos idosos para agir no sentido de garantir aos mesmos não só uma sobrevida maior; mas, também, qualidade de vida.
Isso é importante para seus pais, para seus avós, para seus entes queridos que estejam envelhecendo e que certamente, mesmo gozando de uma boa saúde, sofrem com o isolamento e o abandono das pessoas da família.
O suporte familiar é fundamental para garantir ao idoso o primeiro grande passo para uma melhor qualidade de vida com o avanço da idade.
E A ESPERANÇA?
Estamos nos aproximando do final do primeiro ano dos governadores. É um momento muito apropriado para uma análise do governador rondoniense, coronel Marcos Rocha, eleito pelo PSL na onda do bolsonarismo.
Certamente daqui para o final do ano não vai acontecer absolutamente nada capaz de modificar a sensação de que esse governante ainda não sabe a quem veio.
A imagem de Rocha continua como a da biruta de aeroporto, sem mostrar realmente para onde caminha o promissor estado de Rondônia. A esperança está se esvaindo!
Sem experiência eleitoral ou do desempenho de qualquer cargo importante na gestão pública, Marcos Rocha acabou levando o povo a crer (por sua origem militar e por sua aproximação com Bolsonaro) que seria a chave para que tudo se transformasse no estado rondoniense, como reflexo da própria crença de que Jair Bolsonaro faria a transformação de tudo no Brasil.
O colunista não votou em Marcos Rocha. Temia que sua ligação com o péssimo governo de Confúcio Moura não o habilitava a transformar seus compromissos em algo concreto. O colunista votou em Expedito Júnior para governador, e para Jair Bolsonaro como Presidente da república.
COMPROMISSOS
Antes de chegar ao governo, Marcos Rocha firmou o compromisso de que Rondônia seria transformada de cima abaixo, que não haveria mais o compadrio, a corrupção, etc, etc. Beneficiando-se do efeito Bolsonaro, Marcos utilizou a estratégia para levar o povo a acreditar que ele e seus correligionários eram diferentes dos demais competidores e seus grupos.
O discurso pegou pelo simples fato de que o povo rondoniense estava (e parece estar) cansado das antigas alianças, especialmente das alianças que foram as maiores promotoras da corrupção no estado em governos passados.
SEM DIFERENÇA
Agora, quando o governo do coronel está próximo de completar um ano a realidade mostra que os ocupantes do Palácio Rio Madeira não são tão diferentes de seus antecessores. São muito iguais e não podem ser chamados e “a esperança de Rondônia”.
PASSADO
Logo no princípio (como costuma ser a praxe) o governo (??) vestido de bolsonarista até mais do que de PSL, ensaiou culpar o passado corrupto de antecessores pela insegurança, pela economia em baixa, pela crise generalizada.
A estratégia pelo visto não funcionou. Ao chegar ao final de seu primeiro ano de governo sem apresentar absolutamente nada capaz de animar a economia, melhorando os índices ruins de Rondônia em segmentos como Saúde, Segurança, Emprego, Educação ou Cultura, entende-se em todos os setores da sociedade que a responsabilidade pelo malogro e pela paralisia da economia rondoniense é de Marcos Rocha e de sua equipe de trabalho.
LABIRINTO
O imaturo (politicamente falando) governo de Marcos Rocha se encontra num labirinto e não encontra a saída. Aliás, cercado de um staff de baixíssima qualidade (a começar pela Comunicação), esse governo rondoniense se mete cada vez mais a uma profundidade perigosa em seu próprio terreno.
Há um descontentamento imenso em sua própria organização partidária, onde nem as mentiras ensaiadas agora para enganar parcela da população não são mais críveis para aqueles que foram seus seguidores no período da campanha, disputando cargos pela mesma legenda.
SEM SAÍDA
Como não encontra saída desse labirinto o governo não consegue demonstrar prognósticos sobre um crescimento aceitável de Rondônia para os próximos 3 anos. É um governo tão frágil como nunca se viu.
Marcos Rocha não consegue tomar nem uma ação prosaica para solucionar o drama de migrantes venezuelanos que lotam as esquinas da capital rondoniense para esmolar nos cruzamentos mais movimentados de nosso trânsito. É isso: não existem programas sociais funcionando. Nem para os migrantes e nem para a população do estado.
SEM PLANO
Parece claro demais que o governo não tem um plano capaz de concretizar os compromissos assumidos na campanha. Não dá para saber se que o governo de Marcos Rocha trará algo de positivo ou se nos levará ainda mais para o abismo. Sabemos nós, rondonienses, que no passado tiveram escândalos (até com prisões de secretários) e questões bem difíceis, como a demissão de milhares de servidores.
O governo no momento se mostra como alguém perdido numa penumbra, sem encontrar a saída de seu labirinto. Que ele pare de ver o futuro de Rondônia por um barranco!
AUTOR: GESSI TABORDA – COLUNISTA EM LINHAS GERAIS – JORNALISTA
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