ASPONES
O último trimestre do ano está pronto para começar e até o presente momento ninguém sabe quando a decisão “emergencial” anunciada pelo prefeito no primeiro semestre, em relação ao transporte coletivo urbano vai começar. O prefeito garante ter se lastreado na sapiência de seus assessores políticos e técnicos para encampar essa decisão de trocar as duas empresas que por anos atuaram no setor (sem levar em consideração qualidade e transparência nesse atendimento) por uma completamente desconhecida, como um desses capítulos que ninguém sabe e ninguém viu.
MEROS TRAPALHÕES
Exatamente pelas incertezas sobre a decisão de Mauro Nazif, da parte dos críticos à gestão (??) desse médico essa assessoria à qual o prefeito se submete está sendo comparada, levando-se em conta as devidas proporções, ao quarteto humorístico que fez sucesso nos anos 70 e 80, chamado de “Os Trapalhões”.
Se os “Trapalhões” do passado eram compostos de artistas da melhor qualidade do humor, os da “assessoria” do prefeito são meros aspones sem expressão política, desprovidos de conhecimentos e saber notório, colocando o prefeito numa situação de saia-justa com vereadores de partidos adversos e até com os comunicadores não amestrados, tudo isso sinalizando para um futuro de dificuldades do chefe do Executivo, especialmente se não conseguir renovar o mandato.
ZUMBI
Mauro parece não acreditar e por isso garante a permanência dos aspones na função. Seu antecessor também não acreditou nas melhores orientações e hoje não passa de um zumbi da política, certamente assombrado por pesadelos de ter um desfecho trágico na hora do acerto judicial decisivo, de onde pode ser levado diretamente para uma temporada no presídio.
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REAPARECEU
O ex-senador Odacir Soares voltou a dar pitaco, pela mídia, na administração municipal, numa clara demonstração de que ainda não desistiu de concorrer na sucessão municipal do próximo ano.
Dessa vez Odacir apareceu defendendo a adoção da “tarifa zero” para o transporte urbano da capital, com a criação de uma “empresa municipal” de transporte coletivo.
POPULISMO
É claro que a proposta não esconde seu cunho de populismo eleitoreiro. Afinal, em circunstâncias anteriores, quando Odacir tinha verdadeiro papel de influência em decisões do poder, nunca defendeu esse tipo de estatização. Talvez achasse mais conveniente que a mina de ouro do transporte coletivo urbano ficasse nas mãos dos “baronetes” desse segmento, então dominado por conglomerados empresariais sediados em cidades como Presidente Prudente (SP) e Belo Horizonte (MG).
DESPREZO
Uma cidade do tamanho e da expressão de Porto Velho como capital do estado, não merece passar por esta situação de desprezo a que está sendo submetida. Nada mais humilhante do que ser vista como cidade abandonada.
A situação de desprezo começa pela rodoviária, suja, sem a mínima condição de conforto e segurança, parece mais um muquifo urbano. A promessa da construção de uma nova rodoviária parou exatamente nisso: uma promessa. A prefeitura recebe uma taxa de embarque que, pelo visto, não é aplicada para melhorar as condições do terminal.
Nem as empresas operadoras parecem se preocupar com a situação de descaso. E diante desse cenário, a cidade acaba vilipendiada pelos visitantes, que saem daqui metendo a boca no chefe do executivo e sua equipe.
VERGONHA
E depois tem o centro de Porto Velho, com suas praças degradadas e abandonadas. Quem se der ao trabalho de visitar as capitais da região ou até mesmo as cidades maiores do interior do estado, ficará boquiaberto, diante de suas praças públicas, todas superiores em qualidade estrutural ao que existe aqui na capital onde Mauro Nazif é o prefeito.
Uma vergonha, as praças centrais dessa capital desamada e sem gestão competente. Vergonha maior para o cidadão-contribuinte-eleitor é ter de ouvir a patacoada da publicidade paga com seu dinheiro pela prefeitura, das 100 (sem) obras espalhadas pela capital. Até quando o Ministério Público vai permitir a prefeitura gastar o dinheiro do povo numa propaganda mentirosa como essa, feita com o único objetivo de enganar os moradores?
EXEMPLO PARA SEGUIR
Em decisão digna de elogio, o presidente mundial da Volkswagen renunciou ao cargo após reconhecer os erros de sua gestão que levaram à fraude no caso dos testes de emissão de poluentes. Dilma deveria também assumir a responsabilidade por seus erros na desastrada e trágica condução da nossa economia e renunciar imediatamente à Presidência da República.
VIRUS BRAZUCA
A empresa de segurança Kaspersky detectou na quinta-feira passada o primeiro vírus direcionado a infectar sistemas 64 bits, até então tidos como mais seguros que os de 32 bits. O malware foi encontrado em um ataque feito por cibercriminosos brasileiros inserido em um popular site do País. O principal objetivo do ataque é redirecionar os usuários a páginas falsas de bancos brasileiros.
PURGANTE
O governo crê que “cortar na carne” é raspar a barba, aparar o cabelo e fazer as unhas dos pés e das mãos. Melhor seria tomar um purgativo que livrasse suas entranhas de toda obscenidade lá acumulada há mais de 12 anos.
PODER DE FAMÍLIA
Carlão de Oliveira vai passar à história da política rondoniense como eloquente símbolo da impunidade. Preso por vários meses ao ser apanhado numa operação da Polícia Federal que investigou um grande escândalo de corrupção na Assembleia Legislativa, quando Carlão estava na presidência, ele acabou não só livre mas com influência maior na política do estado.
Impedido de ser candidato pela Justiça Eleitoral, Carlão elegeu o filho Jean de Oliveira deputado estadual por duas vezes e deve no próximo ano coordenar um projeto que pretende ampliar o apoio da família, lançando o filho Jean como candidato a prefeito de Porto Velho, enquanto seu irmão será escalado para disputar como vereador, cargo onde Jean começou a carreira política definida pelo pai.
E Carlão, claro, continua cada vez mais blindado contra todos os riscos de sofrer uma punição diante das acusações de práticas corruptas, transformadas em processos que tramitam no sempre moroso judiciário rondoniense.
NÃO É SÉRIO
Toffoli e companheiros estão preparando uma enorme pizza, com sabor bem brasileiro, cujo objetivo, é livrar os petistas e companhia da Operação Lava Jato. Estava demorando. Todo o brilhante trabalho do juiz Sergio Moro poderá ser destruído pelos ministros do STF. Realmente, o Brasil não é um país sério.
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