Os trabalhos foram conduzidos pelas especialistas Rita de Cássia Paulon e Suely Amaral.
O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou na última sexta-feira (26/11) o encerramento das atividades da semana passada com o Bloco I, composto pelos municípios de Alto Paraíso, Ariquemes, Cacaulândia, Cujubim, Itapuã do Oeste, Monte Negro e Rio Crespo, em um encontro com os coordenadores municipais do programa de alfabetização, secretários municipais e técnicos.
Como resultado, foram feitos encaminhamentos de ações e definições dos próximos passos, a serem dados até dezembro, e o planejamento preliminar para as ações do programa em 2022. Os trabalhos foram conduzidos pelas especialistas Rita de Cássia Paulon e Suely Amaral.
Na oportunidade, a secretária de Educação de Ariquemes, Elenice Salete Medeiros Piana, organizadora do evento naquele município, destacou a importância da parceria com o Tribunal de Contas e demais municípios, o que possibilitou a troca de ideias e de conhecimentos, estratégias e experiências. “Essa parceria só vai contribuir para que possamos avançar, pois precisamos discutir, juntos, as políticas educacionais. Estou confiante com os resultados que virão”, destacou.
Os gestores, ao final do evento, reafirmaram o empenho do TCE-RO para que as ações formativas façam, de fato, a diferença nos municípios, com foco em resultados, assdim como comprometimento e gratidão por essa oportunidade.
De acordo com a especialista Rita Paulon, as atividades realizadas na semana em Ariquemes foram o pontapé inicial dos trabalhos que serão realizados, e que 2022 trará muitos desafios a serem vencidos.
“O objetivo acordado com os educadores é que não haja nenhum aluno pré-silábico em junho de 2022. Mas para que isso aconteça os professores precisam estar preparados com a formação e estratégias efetivas, a fim de alcançar esses resultados. É fundamental que os professores participem de todos os encontros de formação continuada”, ressaltou.
ESTRATÉGIAS E FORTALECIMENTOS
Rita Paulon salientou que os gestores precisam priorizar a elaboração do plano de ação da rede de ensino visando estruturar os componentes da política de alfabetização, elencar as ações e decisões estratégicas que impactam a rotina escolar e a aprendizagem efetivamente como foco nas metas e resultados.
Vários desafios foram identificados ao longo dos debates como alta rotatividade de professores e coordenadores; professores sem perfil alfabetizador; projetos não prioritários que demandam muito tempo e esforço da equipe e tiram o foco do trabalho urgente da alfabetização; e a dificuldade na participação de todos os professores nas formações continuadas.
Em 2022 várias estratégias serão implementadas para atenuar os desafios identificados, como a seleção e contratação de professores, coordenadores e gestores com perfis necessários à função que exercem, ampliação da carga horária em língua portuguesa, cumprimento das leis (PCCR) e realização de concurso público.
A especialista Suely Amaral falou sobre a importância de rever a grade curricular, olhando para Língua Portuguesa e Matemática, disciplinas fundamentais na alfabetização, além da disciplina de Ciências, para entender as demais áreas que virão.
“As redes não podem deixar essas disciplinas em segundo plano. É preciso discutir com os gestores já em dezembro a alteração na grade curricular e cobrar com muita clareza e firmeza. O resultado em alfabetização implica professor alfabetizador com as habilidades necessárias desenvolvidas”, destacou.
Ao encerrar, o técnico do Tribunal de Contas, Vinícius de Moraes, disse que o sentimento é de união, pois conseguiram estabelecer vínculos que geram confiança, foi consolidado o conceito de polo e, com isso, puderam compartilhar conjuntamente os desafios, e a partir deles pensar em soluções conjuntas. “A corresponsabilização entre educadores, equipes técnicas, dirigentes dos municípios e TCE nos impulsionará a alcançar os melhores resultados em alfabetização”, concluiu.
FONTE: TJ/RO
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