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Agentes da PF são presos suspeitos de vazar dados de investigações

Segundo a Polícia Federal, advogados de BH tiveram acesso a documentos de operações, como arquivos encontrados na casa da irmã de Aécio Neves

A Polícia Federal em Belo Horizonte deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5), a operação Escobar com o objetivo de coibir um suposto esquema de acesso a informações sigilosas de investigações com o envolvimento de advogados e membros da própria PF. Segundo as investigações, durante o período de pelos dez anos, os advogados com ajuda de dois policiais federais, tiveram acesso privilegiado a dados das principais operações da corporação em Minas.

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária, além de buscas e apreensões de documentos. Entre os alvos de prisão preventiva, estão os advogados Carlos Alberto Arger Júnior e Ildeu da Cunha Pereira.

Arger é advogado do ex-presidente da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), Oswaldo Borges da Costa, apontado pela Lava-Jato como o suposto operador financeiro do ex-governador e deputado federal Aécio Neves (PSDB). Oswaldinho, como é mais conhecido, foi o responsável pela construção da Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, que está sendo investigada pela Lava Jato.

Já Ildeu da Cunha Pereira já havia sido preso, no ano passado, pela operação Capitu, que investiga desvio de verbas no Ministério da Agricultura durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Cunha Pereira seria ligado a políticos do MDB.

Vazamentos

A investigação teve início após a descoberta de documentos sigilosos retirados de sistema próprio da Polícia Federal na casa de investigados em outras operações. Foram descobertos documentos da operação Capitu e de outras operações, que foram encontrados durante buscas em endereços da jornalista Andrea Neves, irmã de Aécio. Ela deve ser intimada a depor na PF, no Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, após “levantamentos e inúmeras diligências foi possível constatar que advogados de renome na capital mineira teriam cooptado servidores desta instituição no intuito de obter, de forma ilegal, acesso a informações sigilosas ligadas a diversas investigações em andamento”.

Com acesso privilegiado, os advogados acessaram informações sigilosas das operações Capitu, Ross, Desvio, Acrônimo e Abside. Iniciada em 2014, a Acrônimo tem como alvo principal o ex-governador Fernando Pimentel (PT).

Conforme as investigações, “os acessos ilegais podem datar de quase dez anos atrás. Os advogados com o acesso privilegiado às informações usavam tal artifício para oferecer aos clientes facilidades ilegais. Tal atitude não só prejudicou diversas investigações como coloca em risco a segurança dos policiais envolvidos nos trabalhos”.

A PF invetiga os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, obstrução de justiça e violação de sigilo funcional.

A reportagem tenta contato com a defesa dos citados no esquema.

FONTE: TV RECORD

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