FILOSOFANDO
“Se você tiver uma fazenda e, na hora da colheita, tiver que optar entre um administrador petista e uma nuvem de gafanhoto, fique com os gafanhotos.” PAULO MALUF (1931), engenheiro, empresário e político brasileiro no cumprimento do 4º mandato de deputado federal. Foi governador dos paulistas (1979/82) e prefeito de São Paulo por duas vezes.
TRETA
Parece até um samba do crioulo doido, algo completamente inverossímil se a gente não vivesse nesse país de macunaima.
Com a criação de uma comissão especial (pelo presidente da Câmara) destinada a proferir parecer à Emenda Constitucional 77, de autoria do deputado Marcelo Castro é melhor se cuidar.
A emenda prevê o fim da reeleição aos cargos majoritários, a realização de eleição simultânea para todas as esferas de poder (de vereador a presidente), e a duração de 5 anos dos mandatos de todos eleitos nos níveis municipal, estadual e federal, e 10 para os senadores. Tudo isso coloca em risco o pleito do próximo ano. O que há por trás dessa iniciativa maluca?
MAIS TRISTEZA
Outro vulto do samba brasileiro faleceu ontem. Almir Guineto, um dos fundadores do Fundo de Quintal, também faleceu aos 70 anos (o colunista está completando 66), após complicações de problemas renais crônicos e diabetes.
EDILIDADE FAJUTA
Ou os vereadores de Ji-Paraná são péssimos, sem qualquer prestígio junto ao prefeito, ou Laerte Gomes, deputado estadual de lá ainda não entendeu o espírito da coisa. O fato é que o deputado tucano andou fazendo indicação (coisa de pouca valia) ao Poder Executivo (prefeito ou governador??) um trecho da rua Sena Madureira. E agindo como mero vereador Laerte esbravejou na justificativa do pedido: a rua Sena Madureira está intrafegável, insegura e com maiores riscos de acidente”. Até parece uma provocação (ou tapa com luva de pelúcia?) aos vereadores regiamente pagos pelo povo jiparanaense…
SAMBISTAS CONVOCADOS
Silvia Ferreira (9982-9381) porta-voz da diretoria da Escola de Samba Aslfaltão, anunciou a convocação dos sambistas da cidade para a grande roda de samba programada para esse sábado (06), com espaço garantindo para que autores possam apresentar suas composições e se integrar à agenda de ensaios da escola.
O evento vai começar às 14 horas de hoje, no Bar do Calixto. Com essa atividade a Escola reafirma seu compromisso de resistência e respeito ao samba rondoniense como autêntica manifestação da cultura local.
SAIU DE ONDE?
O nome é Moacir. Traduzido do tupi-guarani significa saído da dor. Mas esse não parece ser o caso do riquíssimo Moacir que dá as cartas e pilota um império rondoniense, especialmente na enorme rede de postos de gasolina. O poderio desse sujeito não saiu da dor, como se sussurra nas coxias das grandes operações policiais. E assim, ele está no alvo das investigações inventadas para chegar a barões da branca pura.
Se for concretizada essa nova operação, ramificações da camorra com políticos financiados pelo “dono de tudo” serão descobertas e vai deixar muitos babalaorixas precisando de rivotril.
TRANSPARÊNCIA
A Associação de Defesa dos Direitos da Cidadania, entidade sempre de olho nas maracutaias tão comuns nos diversos níveis de poder do estado, vai apurar a fundo aspectos no mínimo questionáveis em torno de contratos firmados entre o governo rondoniense e a Fundação Getúlio Vargas.
LEI DO ACESSO
Ontem o advogado Caetano Neto, um dos fundadores da ADDC reconheceu as dificuldades em obter cópias dos 33 contratos originais firmados entre o governo de Confúcio Moura e FGV, sendo que pelo menos 31 assinados sem licitação, “sempre com a justificativa” da notória especialidade. Se os entraves criados para o acesso da ADDC aos documentos forem mantidos a entidade vai buscar o remédio jurídico para fazer valer a lei do acesso à informação.
DIRECIONAMENTO
Caetano Neto desconfia que o grande número de contratos firmados em desrespeito à lei das licitações pode esconder alguma manobra de direcionamento. Ele supõe que o valor desses contratos superam os 100 milhões de reais e não podem ficar fora de uma rígida investigação pois – acrescentou – podem motivar mais uma ação civil pública contra o governo de Confúcio Moura.
SEM CONCORRÊNCIA
A coluna está careca de abordar esse assunto. Mas ainda não encontrou eco ou boa vontade dos órgãos do controle externo para investigar ou pelo menos reduzir o enorme volume dos gastos dos governantes com a publicidade.
Todos os dirigentes públicos usam o déficit orçamentário como desculpa para justificar os buracos da saúde, da educação, segurança, do transporte, dos programas sociais e do escambau.
E nem por isso deixam de gastar milhões com a propaganda. Para que tanta propaganda se o governo (estadual ou municipal) e instituições como o parlamento não sofre concorrência e não disputa o mercado? Se não tem concorrente, para que anunciar tanto?
PODE APOSTAR
Sem a necessidade do aval do legislativo para o processo de governadores, Confúcio certamente acabará respondendo processo no STJ. Deputados estaduais não estão contentes com a decisão do STF: perderam a grande arma de pressão e, com isso, o governo vai ter de rever suas relações com o legislativo.
FALTA DECIDIR
Tem gente apostando que o presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho, está praticamente decidido a não enviar a maioria dos deputados ao encontro nacional da Unale desse ano. Maurão terá de resistir à grande pressão de seus pares ansiosos para passar uns dias em Gramado (importante destino turístico do RS) custeados pelo dinheiro do contribuinte. Tomara que o presidente da Casa consiga pelo menos evitar gastos com o número de aspones já afivelando malas.
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