Esta é a primeira coluna após o fim das eleições. Ela foi escrita num momento em que outro ícone do cenário nacional, o Juiz Sérgio Moro, anunciou aceitar o convite de Jair Bolsonaro, para comandar o Ministério da Justiça, com a principal finalidade de combater a corrupção e o crime organizado.
Esse é certamente um acontecimento cheio de significado para comprovar que o novo Presidente está preocupado com corrigir de fato os rumos do país, chafurdado numa corrupção endêmica e numa crise de valores sem precedentes.
Assim, esta abre fora do enfoque das questões regionais para dar peso maior ao cenário balizador das mudanças de rota esperadas após o primeiro de janeiro de 2019 no país.
ESQUERDA
A vitória de Bolsonaro é inquestionável. Nem por isso a esquerda derrotada deverá aceitar o resultado decretado pela vontade da população.
Até o momento, diante das primeiras iniciativas da transição, a esquerdalha liderada pelo PT passa a se ocupar no objetivo de minar o governo. Tanto no plano nacional como internacional, usando a mesma tática da campanha onde o poste criado por Lula, o Haddad, foi destroçado por milhões de votos.
MIDIA PARCEIRA
A esquerda alucinada tem parceiros institucionais para tocar essa campanha de difamação contra o presidente eleito, especialmente no meio midiático, aquele mesmo meio que com sua virulência aceitou até minimizar o atentado sofrido por Bolsonaro em Juiz de Fora (MG), apontado como um simples lobo solitário pela grande imprensa brasileira e não como um perigoso militante marxista.
APROVO
Ao contrário da grande mídia já repercutindo as declarações de esquerda contra a indicação de Sérgio Moro para o superministério da Justiça – devidamente aparelhado para o combate da corrupção e do crime organizado – a coluna acha que a decisão de Bolsonaro foi correta não só do ponto de vista político – pois aumenta ainda mais a popularidade do presidente eleito – mas também do ponto de vista técnico.
Afinal, Sérgio Morou é aquele homem que ao longo de sua vida forjou sua carreira no combate à corrupção. Assim, grande parte da população vê com bons olhos essa decisão do presidente Jair Bolsonaro. Afinal, estamos diante de uma autoridade íntegra e sem viés ideológico.
SEMELHANTES
A esquerda já começou a sua campanha de desqualificação do presidente eleito em virtude do anúncio de Moro como o próximo Ministro da Justiça. Os primeiros a se manifestarem foram exatamente os personagens mais pérfidos, alguns processados pela prática de corrupção variada, especialmente pelo recebimento de propinas.
NÃO MUDAM
É a mesma esquerda lulopetista que passou a campanha inteira impingindo a Jair Bolsonaro a pecha de ser um homem “violento, nazista, machista, racista, homofóbico, xenófobo, sexista”, dentre outras imputações aleivosas.
Moro e Bolsonaro são muito semelhantes. Ambos são homens extremamente corajosos e honestos, ambos com personalidade firme, um caráter reto, e que não usa de meias-palavras. Nada desse abominável sistema do politicamente correto.
MA FÉ
No caso de Bolsonaro o que se vê é um político que nunca teve medo de expressar suas opiniões fora da métrica exigida pelo discurso enviesado. A mídia a serviço do petismo usou repetidas vezes, a mais absoluta má-fé na interpretação de suas palavras e ideias, com o manifesto objetivo de esculpirem preconceitos inexistentes e atribuírem a ele os mais insólitos crimes.
NA MIRA
A mesma técnica sórdida adotada pelos marxistas na campanha volta agora a ser utilizada para desmerecer a importância de Sérgio Moro no combate ao crime organizado e à corrupção como um dos mais íntegros juízes do Brasil, reconhecido assim no mundo. Está nítido o propósito de demonizar o magistrado que condenou políticos e empresários ladrões enfronhados no governo do país.
SEM FUTURO
O povo brasileiro já demonstrou sua capacidade de rechaçar essas táticas do marxismo/leninismo de criar rótulos. Quando percebeu, durante a campanha, que tudo não passava de recurso milimetricamente elaborado pelo lulopetismo para demolir a imagem de homem honesto, simples e de bom caráter apoio o “mito” elegendo-o presidente do Brasil.
A insistência de utilização dos mesmos recursos contra Sérgio Moro também não irá funcionar. As acusações levianas rapidamente cairão no mais profundo ridículo junto ao povo brasileiro. E Moro será o grande Ministro da Justiça que o país precisa para o combate sem trégua aos corruptos e ao crime organizado.
MUDANÇA
Agora falando da política estadual: é importante reconhecer os motivos que levaram Marcos Rocha, o coronel desconhecido e sem nenhuma atividade política/partidária a vencer de forma tão fantástica a eleição rondoniense.
SINTONIA FINA
O que aconteceu por aqui, especialmente no segundo turno, foi uma espécie de sintonia fina entre o sentimento nacional do povo brasileiro com o número 17, que se transformou numa espécie de número mágico da campanha eleitoral.
Isso tudo galvanizado numa espécie de inconsciente coletivo deu a votação extraordinária a um coronel que, no estado, tinha apenas a passagem como Secretário de Estado da Justiça do ex-governador Confúcio Moura e de colaborador de Mauro Nazif no seu currículo.
E foi exatamente esse coronel que galvanizou a ideia de mudança, transformado numa espécie de Jair Bolsonaro. Então vale dizer que Expedito Júnior perdeu não para o Coronel, mas para a imagem cristalizada de um militar governista conectado no momento ao líder, ao mito, Jair Bolsonaro. Qualquer concorrente com o número 17 teria enorme vantagem sobre o adversário.
QUALITATIVA
Expedito Júnior não conseguiu a vitória no primeiro turno por sua própria escolha. Preferiu fazer campanha qualitativa, com propostas adequadas para a realidade rondoniense. Cometeu certamente um erro ao ouvir silente agressões e críticas que punham em dúvida até sua condições de ficha limpa. Não soube cristalizar a imagem de político ético e experiente.
A ONDA
Com o decorrer da campanha do segundo turno o eleitorado decididamente carregado pela onda de Bolsonaro (o 17) passou a ver o Coronel Marcos Rocha como o candidato que simbolizava a retirada do poder de políticos com larga vivência (como o próprio Expedito), imaginando-o como símbolo da mudança radical, sem se importar com as revelações de suas conhecidas ligações com o governo do MDB e até do ex-prefeito Mauro Nazif.
RENOVAÇÃO
O PSDB foi um grande perdedor de Rondônia. Mas nem tudo está terminado para Expedito Júnior. Afinal, trata-se de um político jovem, acostumado a enfrentar derrotas anteriores e se reciclar. Ele tentou passar a imagem de que poderia provocar uma renovação no Estado, mas o povo deixou claro que preferiu “uma renovação com outro político”.
Certamente se o Coronel Marcos Rocha não demonstrar logo, na composição de seu gabinete, os compromissos com a renovação, mantendo seus laços antigos com o MDB, PSB ou até mesmo com o grupo do clã Gurgacz vai ver que a sintonia de outubro pode se quebrar e a lua de mel com o eleitorado rondoniense será muito curta.
AUTOR: GESSI TABORDA – COLUNISTA EM LINHAS GERAIS
JORNALISTA
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