FILOSOFANDO
“Dizem que os homens inteligentes são os melhores maridos. Que tolice! Os homens inteligentes não se casam”. Aparício Torelly, o Barão de Itararé (1895/1971), jornalista brasileiro.
PAÍS DESMORALIZADO
Não é fácil manter o moral alto sendo brasileiro. Não faz muito tempo e chegamos a sonhar com a inserção do Brasil no tal primeiro mundo. Claro, a gente já se contentaria se chegássemos na segundona. Mas estamos longe disso. Continuamos sendo essa pátria do jeitinho, da impunidade, da falta de vergonha na cara. E ai, acabamos sempre na vexatória posição de não obtermos respeito das grandes nações.
ACOITADOS NO BRASIL
Os Estados Unidos indiciaram dois conhecidos brasileiros do mundo do futebol por corrupção: Del Nero e Ricardo Teixeira. Esse último chegou a vir a Rondônia para prestigiar Heitor Costa, o presidente da Federação Rondoniense de Futebol e prometer apoio na melhoria do esporte no estado. Bom, mas isso é outra estória.
Enquanto aqui no Brasil não aconteceu nada com Del Nero e Teixeira pelas práticas de corrupção, nos Estados Unidos a história é outra: lá no “Grande Irmão do Norte” eles estão indiciados e podem ser condenados a uns 20 anos de prisão. Se saírem do Brasil correm o risco de ser presos. Mas aqui, continuam sendo tratados como intocáveis, desmoralizando o Brasil. Deve ser por isso que Ricardo Teixeira saiu correndo das terras ianques para ficar acoitado no Brasil da impunidade.
CALADINHO
E por falar nisso, por Heitor Costa não se manifesta sobre essa vergonhosa corrupção do futebol brasileiro. Aliás, Heitor poderia contar se essa malfadada corrupção tem alguma coisa a ver com o malogro do nosso futebol. Afinal, pelos anos consecutivos em que dá as cartas na principal entidade esportiva do estado, o ex-deputado Heitor Costa não deveria simplesmente se fechar em copas nesse momento.
TAPA NA CARA
Mais um tapa na cara dos brasileiros que aspiram ter um país sério. Mais ou menos igual ao tapa na cara que parcela do povo de Vilhena deu na população que se indigna com a corrupção em Rondônia, quando receberam com festas o presidiário Donadon, mantido com endereço fixo na Papuda, em Brasília, cumprindo pena por roubar dinheiro dos cofres da Assembleia Legislativa.
POUCOS NOMES
Falta menos de um ano para as eleições municipais. Em Porto Velho o cenário ainda é de incertezas sobre quem, de verdade, irá disputar o pleito pelos diversos partidos. Há falta de lideranças consolidadas, mas há também um desinteresse forjado pelo quadro de incertezas econômicas e seus reflexos na gestão do município para quem irá tomar posse em 2017.
Gente que tentou, animadamente, a se tornar prefeito na disputa passada já anunciou estar fora do jogo, em qualquer circunstância. É o caso, por exemplo, do empresário Mário Português.
FARDO GRANDE
Nomes até agora cogitados como participantes certos da refrega podem desistir na hora “h”, quando a dimensão do fardo que o próximo ocupante do gabinete da prefeitura dessa capital terá em suas costas for convenientemente avaliado.
São centenas de problemas a resolver, pouco dinheiro em caixa e ter de ficar na ingrata posição de depender de muita gente para fazer as coisas acontecerem.
É esse medo dos eventuais concorrentes com os desafios para mudar os rumos de Porto Velho que anima Mauro Nazif na disputa pela reeleição.
GABINETE FRAC O
Para o prefeito atual sofrer a cobrança impiedosa de parte dos moradores e da imprensa não é surpresa. Ele sabia exatamente o que iria encontrar quando tomasse posse do cargo e mesmo assim preferiu montar um gabinete medíocre, incapaz de iniciativas de impacto, na correção dos problemas herdados.
Profissionais da política como é o caso de Mauro podem ser tudo, menos bobos ou ignorantes em relação ao exercício do mandato. Certamente teve motivos justificados para montar um time de várzea, incapaz de ganhar campeonato, mas certamente dócil na execução de ações nebulosas e lucrativas.
FINAL INGLÓRIO
A gestão de Nazif está se aproximando do fim e esse final será inglório, melancólico, resultado de uma realidade que não é fácil de mudar apenas com propaganda: a cidade está em frangalhos. Essa visão é percebível do centro aos bairros mais periféricos nas praças completamente abandonadas, nas ruas e calçadas (quando existem) esburacadas, na perversa indústria da multa operada especialmente pelos beleguins do trânsito, na falta de geração de empregos e vai por ai afora.
MEQUETREFE
No topo de sua gestão as dificuldades administrativas do passado permanecem, sendo motivo principal do fechamento inglório de seu primeiro mandato e da manutenção da cidade em frangalhos. Aliás, como a recebeu de seu antecessor.
Fosse Mauro Nazif o prefeito que prometeu ser na campanha, nessa altura do campeonato a maior parte do seu secretariado já teria sido mandado para as cucuias. Os fatos demonstram que falta capacidade de gestão ao prefeito. Até o marketing usado pelo prefeito, como no caso da “solução emergencial” do transporte coletivo foi totalmente mequetrefe.
FORA DO BARALHO
A avaliação de Mauro Nazif como prefeito está no volume morto, nem por isso ele se considera carta fora do baralho. Ele acredita que situação falimentar das administrações municipais, mais o fim da reeleição provocarão a desistência das candidaturas de maior peso.
O prefeito não leva em conta as candidaturas inéditas. Com elas, se não ganhar no primeiro turno, terá mais probabilidade de ser derrotado numa segunda rodada.
MAIS IMPOSTOS
O governador Confúcio Moura, do PMDB, insiste em aumentar impostos como o IPVA e ICMS. Quer porque quer aumentar a arrecadação. Cortar gastos, principalmente reduzindo de forma drástica cargos de confiança e acabar com mordomias de secretários e assessores (agora mesmo estado bancou a viagem de um figurão da Sedam a Paris) nem uma palavra, nem uma decisão. Sem cortes nos gastos, o estado caminha para chegar ao fundo do poço.
CADÊ O DISCURSO?
A deputada Mariana Carvalho conseguiu o respaldo do presidente tucano rondoniense, Expedito Júnior, para a disputa da prefeitura de Porto Velho no próximo ano. Mas tudo ficou nisso. Até agora a jovem e bela parlamentar está devendo um discurso capaz de empolgar o eleitorado portovelhense, ávido por mudanças. Nas redes sociais a repercussão em torno de seu nome ainda não foi nada positiva.
Em Linhas Gerais
Gessi Taborda – [email protected]
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