PARA PENSAR
Governo algum, nem partido, nem empresa vai resolver a vida de ninguém. O fato é que somos seres egoístas. Portanto o cara tem que estudar, montar seu próprio negócio e botar pra quebrar.
INCERTEZA POSITIVA
Com a grande reunião política do estado realizada no último sábado, em Ji-Paraná, quando lideranças ligadas a diversas siglas firmaram o compromisso de apoiar Expedito Júnior como candidato ao governo ficou mais claro ainda de que nos aproximamos bastante da eleição de outubro. E mesmo assim os analistas mais consequentes não podem deixar de lado essa sensação de que ainda estamos envoltos em brumas das incertezas com relação à escalação final de todos os concorrentes, seja para o governo rondoniense ou para o senado, refletindo uma realidade da política brasileira.
PENSAR MAIS
Em termos de país isso acontece principalmente pela decisão do PT de ir até o último capítulo da novela que vende a ideia de Lula candidato, mesmo diante da legislação em vigor (Ficha Limpa) que impede quem tem condenação em 2º grau concorrer a qualquer coisa.
Bem, mas voltando ao cenário do estado rondoniense, essa incerteza não é como insistem alguns, negativa. Isso pelo fato de dar mais tempo ao eleitorado (principalmente à grande maioria de indecisos ou que está refratária a qualquer tipo de voto) para discutir mais e tomar decisões em favor do futuro de Rondônia. Deixar simplesmente de votar não é a melhor opção para o estado.
CERTAS
É difícil afirmar quantos candidatos estarão na disputa do governo (no dia de hoje) e quem são eles. Pelos menos sobre a confirmação de Expedito Júnior e Acir Gurgacz nas convenções de seus respectivos partidos parece não existir mais problemas intransponíveis. Não se pode dizer o mesmo sobre a consagração da candidatura de Maurão de Carvalho que sobrevive até agora na seara das suposições.
TROPEÇOS
Entre os demais nomes apontados para participar da corrida eleitoral há uma série de tropeços ainda não superados, inclusive a desistência de alguns que figuram na relação dos candidatos aventureiros e caricatos. Pelo menos um desses pretensos candidatos Zé da Jodan, do PSL, tem todas as chances de ser homologado em convenção, especialmente por ser a garantia de palanque em Rondônia para Jair Bolsonaro.
Diante da quantidade de candidaturas fakes, o eleitor age corretamente esperando a realização das convenções de todos os partidos. Essa realidade ultrapassa a disputa pelo governo, chegando com força à disputa do Senado.
PESQUISAS
Nem bem terminou o evento de Ji-Paraná em que Expedito Júnior confirmou sua decisão de disputar o governo rondoniense e uma pesquisa (de instituto local) foi divulgada na segunda. Dessa vez colocaram o chefe do PDT rondoniense, Acir Gurgacz, como líder, seguido do tucano que só agora confirmou sua decisão de disputar o governo. Nessa época as pesquisas são feitas a todo vapor.
Em alguns casos elas são clandestinas. Em outros, como a pesquisa divulgada na segunda feira, seguem a lei e são registradas na Justiça Eleitoral. Nenhuma delas – nem mesmo as registradas – ficam livres de manipulações vergonhosas. Senti cheiro de peça de propaganda eleitoral no resultado da pesquisa local. Talvez pelo fato dela não refletir a enorme rejeição que sofre o senador pedetista rondoniense recentemente divulgado na mídia.
TRANSGRESSÕES
Políticos rondonienses em Brasília se acostumaram, pelo visto, a viver e conviver no ambiente aloprado e luxurioso da capital da República, onde se chafurdaram nas mordomias, nas fartas propinas e comprometeram o passado que era envolto na honra das famílias. Agora são personagens toscos alimentando a crônica de desvios publicados na mídia nacional.
Assis Gurgacz é um desses políticos. Apareceu na reportagem do Estadão (diário paulista) desse final de semana sobre pagamentos suspeitos realizados por gabinetes de alguns senadores. A reportagem destaca que osenador e pré-candidato ao governo de Rondônia Acir Gurgacz destinou R$ 392,9 mil em pagamentos a Gilberto Piselo do Nascimento, que também é seu suplente e chegou a assumir o mandato por um curto período em 2016.
CASSOL
Certamente há muitas acusações e afirmações circulando atualmente mostrando que Acir Gurgacz não flor que se cheira. Principalmente o vídeo com declarações do também senador rondoniense, Ivo Cassol, narrando “vários crimes” (como diz) pelos quais Gurgacz é investigado, até como empresário que usando sua influência politica teria aplicado um golpe no próprio BNDES, de onde arrancou uma pequena fortuna para renovar a frota da Eucatur e simplesmente comprou só ônibus velhos e maquiados.
Vários desse “mistérios” deverão ser usados na campanha contra o dono do grupo Cascavel que, para alguns, poderá nem conseguir o registro de sua candidatura no Justiça Eleitoral.
CONDENADO
As acusações de Ivo contra Acir ganharam a rede social. Surgiram como resposta às acusações de Gurgacz contra o ex-governador rondoniense, numa autêntica demonstração de lavagem de roupa suja entre eles.
Nessa briga Ivo Cassol não chega a colocar a nocaute o empresário senador. Mas acerta-lhe um golpe certeiro ao lembrara condição de condenado do pedetista.
Em fevereiro, Gurgacz foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão em regime semiaberto e suspensão dos direitos políticos por crimes contra o sistema financeiro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, mas segue no mandato.
INGENUIDADE
Rondônia é um tipo de paraíso para políticos que vivem em permanente transgressão ética e mesmo assim se mantém dominando nacos importantes de poder. Aqui temos clãs especializados em explorar a ingenuidade da população.
E assim, clãs como os dos “donadons de Vilhena”, como os “muletas de Jarú” e personagens como Carlos Magno, todos marcados por viverem o estilo inconstitucionalmente incorreto estão sonhando com o retorno à vida pública. Todos imaginando que a ingenuidade do eleito rondoniense estará mais a vez garantindo votos para eles.
Essas figurinhas carimbadas da política rondoniense, sofrendo com altos índices de rejeição, esperam ser candidatos e vencer por acreditar que as eleitorais dessa eleição foram aprovadas para cercear a livre, via o artificialismo, para exploradores manterem-se onde estão: no poder.
SEM PROPOSTAS
A briga entre Cassol e Gurgacz não serve de nada. É como duas megeras de um lupanar numa disputa inútil de poder. As duas figuras estão num cenário onde o que prevalece é a antipatia contra eles e não admiração que chegaram a experimentar no princípio da carreira.
Os eleitores medianamente informados entendem cada vez mais os riscos da ingovernabilidade desses velhos personagens da política que já governaram direta ou indiretamente a nossa querida Rondônia.
Até agora a eleição está sem propostas. Os caciques das siglas maiores creem ser possível ancorar os discursos nos defeitos alheios. O povo não deseja mais governantes insustentáveis, incapazes de assumir um compromisso claro com o desenvolvimento rondoniense.
HORÁRIO ELEITORAL
Depois de tantos escândalos e roubalheiras, com dinheiro “por fora” e “caixa 2”, intimidados com possíveis punições, mudaram o sistema. Criaram o fundo partidário e o fundo eleitoral. 2 bilhões e 600 milhões, excluída a disputa presidencial. Naturalmente dinheiro do cidadão contribuinte eleitor. E ninguém fala quanto custa esse horário eleitoral no radio e televisão.
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