Caso, sob sigilo, aguarda posicionamento do STF, que está de recesso, para que órgão possa definir se a Delegacia de Homicídios de Niterói poderá dar continuidade à investigação e em seguida agendar a reconstituição do crime
O advogado que defende a família do pastor Anderson do Carmo, Angelo Máximo, voltou a levantar a suspeita de que o marido da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) possa ter sofrido tentativas de envenenamento gradual por membros da própria família. De acordo com ele, a hipótese surgiu no depoimento de um dos filhos da parlamentar.
Máximo representa Maria Edna Virgínio do Carmo e Michele do Carmo, mãe e irmã de Anderson. O caso, que está sob sigilo, aguarda o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que está de recesso, para que o órgão possa definir se a Delegacia de Homicídios de Niterói poderá dar continuidade à investigação e em seguida agendar a reconstituição do crime.
A questão foi levada à Justiça porque o Ministério Público acionou o Supremo alegando que Flordelis tem foro privilegiado e, por isso, não poderia ser julgada pela Justiça comum.
Segundo o advogado, a deputada só teria esse direito se o crime ocorresse no exercício da função ou em atividades relacionadas ao cargo.
O pastor Anderson do Carmo foi morto a tiros após chegar em casa, em Niterói, na madrugada do dia 16 de junho.
A polícia afirmou que o filho da vítima, Flávio, confessou ter atirado seis vezes no pai e que a pistola usada no crime foi encontrada em seu quarto. Porém, a defesa negou que ele tenha confessado oficialmente e disse que Flávio não estava na presença de um defensor quando relatou o fato aos policiais. Segundo a polícia, seu irmão Lucas teria comprado a pistola. Os motivos do crime ainda não foram divulgados.
A reportagem da Rádio Agência Nacional tentou entrar em contato com a assessoria da deputada Flordelis, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO
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