“O tempo está ficando apertado e pedi ao relator que antecipe em uma semana ou cinco dias a leitura do texto”, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira, 28, que vai pedir ao relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que apresente o seu texto na comissão especial antes do dia 15 de junho, para que haja tempo do texto ser votado também no plenário da Casa ainda no primeiro semestre.
“O tempo está ficando apertado e pedi ao relator que antecipe em uma semana ou cinco dias a leitura do texto. Esperamos chegar na economia que o ministro Paulo Guedes deseja para a Previdência”, comentou Maia, ao deixar a sede do Ministério da Economia, onde esteve reunido com Guedes, secretários e outros 13 parlamentares.
Segundo Maia, o encontro serviu para tratar também de projetos urgentes para o País, além da Previdência. O principal deles, disse o presidente da Câmara, é a reforma do Estado. “Trouxe comigo um grupo de deputados de vários partidos para podermos organizar a votação de temas importantes para modernizar e melhorar a eficiência do Estado”, acrescentou Maia.
O presidente da Câmara disse ainda que a reorganização da regra de ouro também é prioridade devido ao grande engessamento do orçamento federal.
Maia adiantou ainda que o governo e os parlamentares negociam emendas para tratar da cessão onerosa na tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do orçamento impositivo.
Guedes acompanhou Rodrigo Maia na saída do ministério mas não falou com a imprensa.
Manifestações
O presidente da Câmara avaliou que as manifestações do último domingo, em apoio ao governo Bolsonaro, e as ocorridas no dia 15, pela Educação, são legítimas e mostram que a democracia brasileira está viva. Ele admitiu, no entanto, que ambos os movimentos passam mensagens que devem ser entendidas pela classe política.
Mais cedo, Maia participou de café da manhã no Palácio da Alvorada com os presidentes da República, Jair Bolsonaro, do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, para tratar de um pacto entre os três poderes.
Ao deixar o Ministério da Economia, Maia negou que esse pacto seja um desdobramento das manifestações recentes nas ruas. “O presidente Toffoli propôs o pacto entre os poderes há dois meses. Não foi após as manifestações”, esclareceu.
Questionado se assinará o pacto proposto por Toffoli, Maia respondeu que levará o texto aos líderes da Câmara e só com o aval da maioria deles assinará o documento em nome da Casa.
FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO
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