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Chefe da máfia dos Sanguessugas é candidato a reeleição em Rondônia e leva pânico a população que teme por seu retorno

Em maio de 2006, a Polícia Federal desmontou um esquema de corrupção envolvendo nada menos que 87 deputados e 3 senadores de 10 partidos. A fraude funcionava assim: os parlamentares apresentavam emendas ao Orçamento da União solicitando a compra de ambulâncias para as suas regiões, em troca de propina paga pela empresa Planam, de Darci e Luiz Antonio Vedoin, que vendia os carros a preços superfaturados. Tudo com ajuda de servidores do Ministério da Saúde, que autorizavam a liberação de verbas.

Em troca do benefício da delação premiada, o operador do esquema, Luiz Antonio, revelou os detalhes à Justiça. Segundo as investigações, a fraude ocorreu na compra de mais de 1.000 ambulâncias para prefeituras de seis estados e ao longo de cinco anos causou prejuízos de 110 milhões de reais. No Congresso, a CPI dos Sanguessugas pediu a abertura de processo contra 69 deputados e 3 senadores, mas ninguém foi punido.

Na Justiça, o caso tem mais de 500 réus, incluindo parlamentares, prefeitos, servidores e empresários. A grande maioria dos processos tramita no Mato Grosso, sede dos Vedoin. Passados seis anos, apenas 66 processos foram julgados, com 39 condenações, incluindo a de cinco ex-deputados, todas em primeira instância. Só duas sentenças estão em fase de execução, uma contra uma funcionária da Planam e outra contra um assessor parlamentar.

Segundo os Vedoin, Nilton Capixaba recebeu propina de 646 000 reais para favorecer a quadrilha. O valor é inferior apenas ao que foi pago a Lino Rossi, pivô da montagem do esquema. Assessores de Capixaba, que integrava a Mesa Diretora da Câmara havia cinco anos, foram flagrados em conversa telefônica com Luiz Vedoin. Em um dos diálogos, gravados pela polícia, uma assessora do deputado repassa a Vedoin uma senha de uso exclusivo dos parlamentares, com a qual o empresário poderia indicar o destino das emendas. 

Capixaba deixou a Mesa da Câmara, mas escapou da cassação. Não se elegeu em 2006 – mas continuou usando apartamento funcional, conforme o jornal Folha de S.Paulo mostrou em 2007.

Em outubro de 2008, o Ministério Público em Mato Grosso denunciou Capixaba e outros cinco parlamentares como integrantes do braço político da máfia dos sanguessugas. As acusações: corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude e formação de quadrilha. Em 2010, Capixaba ganhou novo mandato de deputado federal e voltou a gozar de foro privilegiado.

O processo foi então devolvido ao STF, onde corre sob segredo de Justiça. Responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. É também alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo MPF por envolvimento com a máfia das ambulâncias. Concorre a deputado federal.

Fonte: www.1001.noticias (João Pessoa Paraiba)

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